= Notícias da Copa V =

Domingo dei folga pras meninas.

Tirei-as da copa... E da cozinha.

Seis horas da manhã lá estava eu chamando-as para sairmos.

Adoro fazer essas surpresas.

Falei: - Hoje vocês podem desencostar o umbigo do

fogão. Vou levar vocês para comer fora.

Minha "prima" Priscila que mora numa comunidade do outro lado da cidade havia me convidado para uma festa na laje do seu cafofo.

O convite era extensivo e eu poderia levar quem eu quisesse, segundo ela.

Comes e bebes ficou combinado que cada um levaria sua parte.

E lá fomos nós, felizes à bordo do meu Chevette "azur-carcinha".

Eu, Teresa, Rosinha e a Lazinha, claro. No tape, rolando um funk dahora.

Fizemos uma "vaquinha" pra ajudar na gasolina e na compra do que levaríamos.

Passei no posto para abastecer meu possante e aproveitei para comprar carvão e gelo. Passamos também no mercadinho onde compramos picanha, linguiça, asinha e coraçãozinho. A Lazinha quis comprar os ingredientes para fazer maionese. Quase esquecemos de comprar a farinha temperada mas lembramos a tempo.

O Chevetão do Betão enfrentou heroicamente a viagem.

Priscila nos recebeu com imensa alegria, ansiosa pra mostrar sua piscina de plástico azul com desenhos imitando ondinhas já montada e abastecida com mil litros de água.

As meninas curtiram mas eu confesso não ter gostado muito pois quando eu entrava a água saía.

No mais foi tudo maravilhoso. Um domingo memorável e inesquecível.

Eu, Priscila, Tereza, Rosinha e Lazinha jamais vamos esquecer esse dia.

Fizemos muitas selfies pra postar nas redes sociais.

Comemos e bebemos às pampas. Principalmente eu.

Como já eram 22 horas quando demos por nós, tão boa e animada estava a festa e todos mais pra lá do que pra cá, decidimos dormir por lá mesmo.

Na segunda de manhã tivemos uma surpresa não muito agradável.

Além da ressaca, da boca amarga e da dor de cabeça, claro.

Durante a noite roubaram meu Chevette. Acredite, alguém teve coragem.

As meninas voltaram de buzão pra casa, enquanto eu passava na

UPP da comunidade pra denunciar o furto.

Até agora não entendi porque o policial de plantão riu quando descrevi meu Chevette. Mas ele prometeu fazer umas diligências pra ver se encontra minha relíquia, meu "tomóve" tão amado, companheiro de tantos anos.

E foi assim...

= Roberto Coradini {bp} =

17//06//2014