TERMINOU AGOSTO O MÊS DOS MAUS AGOUROS


Chegou setembro ilustrado pela floreada do ipê, o mês cuja estação a primavera, é a mais significativa. Iniciando-se no dia 22, ela vem edificada por um ideal simbólico muito especial homenageando o que há de mais sagrado em nosso planeta; ”A MÃE NATUREZA” o braço direito do criador de onde flui todo o sistema de vida do universo.
–A primavera é o ponto venal das flores, tão bem representada pelo seu colorido. Sua dinâmica é pautada na harmoniosa convivência do homem do campo com o essencial provedor do ar que respiramos "o meio ambiente". É da respeitosa parceria destas raízes, com seu esforço e dedicação que provem os alimentos, sustentando o mecanismo social, que gera riquezas e desenvolvimento na comunidade universal.
Segundo uma crença sertaneja, os ventos de agosto são necessários, porque com eles vão todos os males e maus agouros que afetam a vida no campo. E setembro chega sempre oculto por uma densa cortina de fumaça branca anunciando a proximidade das chuvas. Trazendo com ele além do belo colorido do ipê, a esperança de dias melhores.
Ao se livrar da sufocante película de fumaça, todo o sistema de vida na terra entra cio, dando inicio ao seu ciclo reprodutivo. Ao cair à primeira chuva, o cheiro da terra molhada provoca uma grande euforia nas espécies silvestres que começam a tecer os seus ninhos; e os colonos vão lançando as sementes nas terras tombadas. Que aos poucos se ajoelham enfileiras para muito em breve espalmar sua folhas que se multiplicam atapetando com seu verde a face nua da terra, numa perfeita obra de arte, que só o milagre do criador será capaz de realizar!
A foto em questão, que ilustra o texto, pormomentos, me conduziu de volta no tempo. E mergulhado num saudosismo voltei aos anos sessenta, quando no vigor da juventude depositei sob sua fronte um saco de sementes-, sementes estas que aos poucos eram devoradas pelas cuias de meus  colegas que as lançavam em covas, sulcadas por enxadas, manuseadas por  mãos calosas, dos colonos com os quais eu dividia a dura tarefa, cultivando a terra ora banhado pelo suor provocado pelo sol escaldante, ora ensopado pela copiosa chuva que caía regularmente, como se fossem lágrimas abençoadas, que vinham do céu  mandadas por Deus!!!!
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 01/09/2014
Reeditado em 04/09/2014
Código do texto: T4945199
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