O URUBU CAÇADOR
Em visita a exposição de arte de meu primo, o escultor, Roberto Rangel, na biblioteca municipal de Bom Despacho. Uma das peças em questão, um urubu, chamou-me atenção, e como naquele momento o escultor se fazia presente, ao discutirmos a respeito do procedimento do urubu, nós acabamos embarcando juntos no tempo, numa viagem retornamos ao passado.
Roberto me apresentou como justificativa de sua criatividade, ao esculpir a peça, a importância do urubu no meio ambiente, como instrumento utilizado pela natureza na limpeza dos dejetos provocados, com a morte de animais, que no passado eram descartados em locais e de forma inadequada sem um mínimo de cuidado pelo homem. Segundo ele afirma o urubu sobe o máximo possível, para defecar em uma altura aonde suas fezes jamais atingem o chão, uma vez que desintegram em partículas minúsculas que a olho se tornam invisíveis, é um processo utilizado pela natureza para que os vírus e bactérias dos restos mortais do animal, não venham provocar mais danos com a disseminação da doença que o levou a morte.
Nossa prosa me trouxe recordações, de certo modo até saudosas. Lembrei-me da labuta na preparação tombando as terras com o arado boi por ocasião dos plantios de lavouras, em muitos casos após uma impiedosa seca que aniquilava inúmeros animais os levando a morte. Numa época, que, sem a metodologia técnica atual foram grandes os prejuízos dos pecuaristas. E os urubus deitaram e rolaram com a mortandade de animais principalmente a raça bovina.
Já dizia meu avô; tudo que existe na natureza tem sua razão de ser e sua função. Desde criança observo essa dinâmica criada por Deus para gerir a vida humana e silvestre no universo. Trabalhei sempre em lavouras circuladas por brejais. Brejais estes, que na seca, era a única fonte de alimentação para o gado. Convivendo nesse ambiente admirando e observando o comportamento dos animais silvestres, pude aprender muita coisa com eles a respeito da natureza.
O urubu caçador, por exemplo, se diferencia dos demais pela cabeça, cuja couraça é vermelha, é um animal que vive quase solitário, sua função é inspecionar o território a caça de alimento para sua espécie. Está sempre voando moderadamente, em baixa altura, inspecionando a procura de algo que o alimente. Ao encontrar um animal morto, ele come os olhos o e reto do animal, feito isso ele começa voar em circulo e a subir em forma espiral. No passado era comum, a esse procedimento o sertanejo dizer que o urubu estava fazendo roda e com certeza teria um animal morto na propriedade.
Ao atingir uma determinada altura ele enrijece as asas e vira de ponta cabeça num mergulho rasante rumo à carniça encontrada, a consonância de suas assas com o ar, provoca um som idêntico ao jato de uma aeronave. Em questão de minutos surge urubu, vindo de todas as direções parecem ter saído de toda a extremidade da orla terrestre. É um espetáculo silvestre que nos levas a refletir sobre a sapiência e o instinto deste animal tão asqueroso e recriminado pelo ser humano.
Em visita a exposição de arte de meu primo, o escultor, Roberto Rangel, na biblioteca municipal de Bom Despacho. Uma das peças em questão, um urubu, chamou-me atenção, e como naquele momento o escultor se fazia presente, ao discutirmos a respeito do procedimento do urubu, nós acabamos embarcando juntos no tempo, numa viagem retornamos ao passado.
Roberto me apresentou como justificativa de sua criatividade, ao esculpir a peça, a importância do urubu no meio ambiente, como instrumento utilizado pela natureza na limpeza dos dejetos provocados, com a morte de animais, que no passado eram descartados em locais e de forma inadequada sem um mínimo de cuidado pelo homem. Segundo ele afirma o urubu sobe o máximo possível, para defecar em uma altura aonde suas fezes jamais atingem o chão, uma vez que desintegram em partículas minúsculas que a olho se tornam invisíveis, é um processo utilizado pela natureza para que os vírus e bactérias dos restos mortais do animal, não venham provocar mais danos com a disseminação da doença que o levou a morte.
Nossa prosa me trouxe recordações, de certo modo até saudosas. Lembrei-me da labuta na preparação tombando as terras com o arado boi por ocasião dos plantios de lavouras, em muitos casos após uma impiedosa seca que aniquilava inúmeros animais os levando a morte. Numa época, que, sem a metodologia técnica atual foram grandes os prejuízos dos pecuaristas. E os urubus deitaram e rolaram com a mortandade de animais principalmente a raça bovina.
Já dizia meu avô; tudo que existe na natureza tem sua razão de ser e sua função. Desde criança observo essa dinâmica criada por Deus para gerir a vida humana e silvestre no universo. Trabalhei sempre em lavouras circuladas por brejais. Brejais estes, que na seca, era a única fonte de alimentação para o gado. Convivendo nesse ambiente admirando e observando o comportamento dos animais silvestres, pude aprender muita coisa com eles a respeito da natureza.
O urubu caçador, por exemplo, se diferencia dos demais pela cabeça, cuja couraça é vermelha, é um animal que vive quase solitário, sua função é inspecionar o território a caça de alimento para sua espécie. Está sempre voando moderadamente, em baixa altura, inspecionando a procura de algo que o alimente. Ao encontrar um animal morto, ele come os olhos o e reto do animal, feito isso ele começa voar em circulo e a subir em forma espiral. No passado era comum, a esse procedimento o sertanejo dizer que o urubu estava fazendo roda e com certeza teria um animal morto na propriedade.
Ao atingir uma determinada altura ele enrijece as asas e vira de ponta cabeça num mergulho rasante rumo à carniça encontrada, a consonância de suas assas com o ar, provoca um som idêntico ao jato de uma aeronave. Em questão de minutos surge urubu, vindo de todas as direções parecem ter saído de toda a extremidade da orla terrestre. É um espetáculo silvestre que nos levas a refletir sobre a sapiência e o instinto deste animal tão asqueroso e recriminado pelo ser humano.