195 - O BERRANTE DA SAUDADE...

Ele se chamava Zé do Salvino, Salvino era o nome do seu pai, desde menino aboliram o seu sobrenome, e o apelidaram assim, moleque espoleta, ligeiro, esperto, cresceu, fez-se moço, se apaixonou e casou, dos peões da fazenda ele era o cabeceira, sobressaia amansando cavalos xucros, apesar dos pedidos insistentes da mulher para que abandonasse aquela perigosa profissão, rebatia dizendo que o seu corpo era fechado, que um benzedor afamado tinha marcado com um ferro em brasa a estrela de Davi no seu peito, na altura do seu coração, salvante contra todas as desgraças, e lhe ensinou também umas rezas cruzadas usadas antes das montarias pra espantar a inveja, contra ele o tinhoso não tinha vez, mas tem sempre aquele dia que nem o corpo fechado é capaz de nos livrar das surpresas reservadas nas curvas do destino!

Na fazenda um cavalo bravio se destacava desafiante pra todas as montarias, já derrubara todos os que ousaram nele montar, e o Zé do Salvino para espanto de todos afirmou e confirmou que no domingo próximo ele iria amansar aquele endiabrado tordilho.

Léguas e léguas de distâncias um redemoinho foi rodopiando agigantando o boato da empreitada que o Zé do Salvino se propôs, iria dominar aquela fera, no domingo ferveu de gente no volteio do curral, ninguém queria perder um só lance daquela batalha épica!

Depois de muita lenga lenga e de muito trabalho conseguiram colocar o cavalo no curral, apesar de toda a sua fúria com muito jeito encimaram nele o arreio, e quando foi montado para surpresa de todos o cavalo se comportou como que domado fosse, aceitou bem o comando, Zé do Salvino sorrindo arrotava gargantas que o cavalo havia acovardado com a presença dele, quando num repente o animal levantou as patas dianteiras e começou a saltar desordenadamente, completamente imprevisível, negaceava, pulava para a direita, mas refugava para a esquerda, abaixava violentamente a cabeça, para logo em seguida erguer-se bem acima do chão, e numa dessas investida, já cego pela dor das estocadas das esporas saltou sobre a porteira, as patas dianteiras ultrapassaram o obstáculo, mas as traseiras fraquejaram, refugou, temeram pelo pior, e o pior aconteceu, claramente viram o cavalo cair de costas espremendo tão violentamente o Zé do Salvino contra o chão que na poeira levantada eles se misturaram, se confundiram, inesperadamente o cavalo aprumou escoiceando, espavorido, se levantou zuruó, desembestado foi pisoteando pisadelas sobre o corpo do desvalido peão que neste momento já estava desacordado, acudiram tardiamente, mas acudiram, o peão sangrava pelas narinas, muito, carnes vermelhas estavam à mostra nas pernas e na barriga, na pressa em meio a gritos de piedade e misericórdia o rapaz imediatamente foi colocado numa caminhonete e na ligeira correria desembestaram rumo ao hospital da cidade mais próxima, quando os médicos o examinaram constataram a gravidade dos ferimentos, e vaticinaram que ele teria poucas chances de sair vivo daquele embate, se sobrevivesse na certa ficaria defeituoso, aleijado, que dificilmente voltaria a caminhar, e assim o Zé do Salvino permaneceu no hospital por longos quatro meses entre a vida e a morte.

Neste ínterim o patrão um sujeito enxerido, mulato queimado, pavão azul, passou a frequentar assiduamente a casa do peão, queria porque queria as caricias da sua mulher, prometia mundos e fundos. Tanto insistiu que acabou conseguindo passar inesquecíveis momentos em seu quarto, mais inesquecíveis tornaram estes momentos quando ela começou a passar mal, a enjoar, a vomitar, e logo logo no escondido de suas aflições concluíram que ela tinha pegado barriga.

O patrão arrependido, apavorado pelo imaginar, se a sua família ficasse sabendo da sua escapulida estaria perdido, sua esposa uma mulher enérgica tinha a fama de não deixar as coisas cozinhar no fogo baixo, destemida e arrojada, na certa encontraria um jeito de cortar os seus bagos para que assossegasse de uma vez por todas, e os vizinhos? Linguarudos tinham aos montes, iriam fartar no seu penar.

Com o coração martelando na garganta tamanha era a sua aflição, no apressado ligeiro pelas azinhagas nos confins de uma ermida buscou uma benzedeira, afamada pelos infortúnios de maldades carregadas que nas almas desafortunadas acorrentava no puro prazer do mau feito, determinou que no imediato ela fizesse uns chás abortivos, e a mulher do Zé do Salvino foi tomando golegole de tudo quanto é chás, inclusive o chá da pedra de anil, mas não teve chá nem mandraca forte que fizesse aquela infeliz botar a cria fora!

A mulher do Zé do Salvino caindo em si se arrependeu da sua arte, do seu momento de bobeira, de fraqueza, gostava muito do seu marido, seu primeiro e único namorado, não devia ter feito aquele papelão, rezava fervorosamente aos céus pedindo clemências e absolvição para sua perfídia, acabrunhada ela raramente visitava o marido no hospital, quando visitava era como se fogo viesse buscar tamanha era a sua presa de ir embora, temia o olhar perscrutador do marido. Peão matreiro fingindo abobado, dos miolos enfraquecidos naquele revestrés, só que de bobo ele não tinha nada, só no superficial, no apresentável se fazia de desentendido, abestalhado, mas lá no seu íntimo não deixou de notar que sua mulher estava bem roliça, naquela barriga volumosa além das gorduras estocadas certamente tinha alguma coisa a mais, uma coisa vivente, matutava...

O Zé do Salvino permaneceu mais alguns meses no hospital até que esgotados todos os recursos médicos para produzir alguma melhora naquele corpo alquebrado, premidos pelas despesas hospitalares resolveram mandar aquela desvalida criatura de volta para a sua casa, agora benzedores revezavam na cabeceira da sua cama, entre orações, promessas e penitências ele foi recuperando aos poucos o movimento de suas pernas... Milagre, diziam!

O desentendido peão começou a se arrastar pelo chão da sua casa, depois de muito sacrifício e tombos conseguiu ficar de pé escorando nas paredes e cercas, coxeava esteado em um cajado feito de bambu taquara, das vezes caindo, levantando, caindo de novo, sem perder aquele ar de abestalhado, era a maneira que ele encontrou para vivenciar aquela humilhante situação. Tropeçava, tropeçou, tropeçava de novo, tropeçava nas próprias pernas, amontoava num repente...

De tanto manquejar e tropeçar esqueceram que ele era o Zé do Salvino, passou a ser conhecido como o Zé Trupica.

Bem, o tempo foi passando e a sua mulher foi ficando cada vez mais barriguda, até que chegou o dia em que a parteira teve que visitar a sua casa, e apesar dos chás abortivos veio ao mundo um belo menino que foi registrado como filho legítimo para alívio do seu patrão, e o abobalhado peão fingiu que nada estava entendendo, se resguardava, e na solidão do cerrado copiosas lágrimas escorriam pelo seu rosto, gostava muito daquela mulher, seu primeiro e único amor, lá nas profundezas do seu coração já a havia perdoado, mas a sua condição de homem não aceitava o acontecido.

O patrão depois de ter bolinado no berimbau alheio, o mel provado amargo se transformou, quando avistava a mulher do Zé Trupica dava uma de cego, virava o rosto para outro lado para não olhar no seu filho, tinha medo dela vir tirar satisfação, pedir dinheiro chantageando, agora o que ele queria mesmo era ver aquela gente bem longe dos seus olhos. Fingindo uma reparação indenizatória, compensação pelo acidente em que fora vítima o seu marido, um pedaço de terra lá no bem distante, mas bem distante mesmo foi lhes presenteado, e para lá eles se mudaram.

O Zé Trupica manquitolava, uma perna ficou mais curta que a outra, insistiu tanto que conseguiu voltar a montar, a fazer longas marchas, mas nos seus miolos foi supitando um mirabolante e engenhoso plano, não iria matar a mulher pela traição, nem abusar dela nas violências e sacrifícios, gostava muito dela, o bastante para compreender o acontecido, um momento de bobeira, de empolgação, mas tremia de ódio ao imaginar o par de chifres que carregava na testa, e com a calma de uma cascavel ele foi se aprumando e arrumando as suas coisas, sempre sonhara ser peão de boiadeiro, tanger grandes boiadas, sonhava com as larguezas do estado do Mato Grosso, na sua mente este sonho foi fincando raízes e se alastrando...

E a ocasião propícia para execução do seu plano se apresentou, sua esposa e os filhos foram visitar seus pais que estavam adoentados e por lá iriam permanecer por vários dias, ao se sentir sozinho não resistiu, sucumbiu aos seus devaneios, sem perda de tempo, arriou o seu cavalo, separou algumas trocas de roupas, cobertores, uma pequena traia de cozinha, mantimentos para vários dias, fez uma farofa de ovos fritos, linguiça de porco, farinha de mandioca, toucinho, numa capanga guardou.

Partiu cabisbaixo como que estivesse fazendo uma grande arte, e estava fazendo mesmo, tinha que partir, se permanecesse junto a sua esposa no frigir daquela desonra perderia o juízo e bem seria capaz de fazer uma grande besteira, uma grande desgraça, sangue seria derramado, conhecendo o seu coração como conhece a palma da sua mão, sabia que amava a sua esposa e que nunca amara outra mulher, então para o seu bem, para o bem dela, para o bem do seu amor, partiu...

Bem lá na frente, parou e olhou para traz e pela última vez veria a sua casa lá no baixio, acenou com a mão como se da família estivesse se despedindo, respeitosamente tirou o chapéu e olhou para o céu e rezou, pediu proteção para si e para seus familiares, que o Senhor Deus abençoasse a sua jornada, balançou a cabeça pensativo como que estivesse envenenado pelas dúvidas, pensou em desistir da empreitada, quase desistiu, mas a lembrança da traição fez com que ele acordasse desse fugaz delírio, esporou o seu cavalo:

- Seja lá o que Deus quiser...

Duas mulas carregadeiras de traias encabrestadas seguiam em comboio, foi viver a sua fantasia!

Foi deixando pra trás seu estado natal, Minas Gerais, perambulou pelo triangulo mineiro e numa balsa atravessou o rio Paranaíba na altura da cidade de Porto Alencastro, enfurnou pelo Mato Grosso afora, agora se sentia livre, solto, feliz, foi quando se deu em conta que havia esquecido o seu berrante, mas não esquecera a sua viola, e com ela agora apertada contra o peito, tristes acordes iam remoendo a sua alma, por um momento a sua felicidade murchou, lembrava da sua mulher e dos seus filhos, sentiu saudades, mas agora era tarde para arrependimentos...

Depois de permanecer por vários dias na casa de seus pais, a mulher do Zé Trupica que se chamava Matilde, regressando para a sua casa estranhou o silêncio que pairava no ar, mais estranho e complicado as coisas ficaram quando ela procurou por todos os cantos pelo seu marido e não o encontrou! Acontecidos e cuidados imaginou, mas ao encontrar o berrante pendurado na porteira de entrada da sua casa as coisas finalmente foram clareando na sua mente, admirou a astúcia do Zé Trupica, que se fez de bobo para não maltratá-la pela traição, desarrumada, se sentindo perdida, entre lágrimas sorriu da sua artimanha, abraçou o berrante como se abraça uma saudade da qual já se sente muita saudade, guardou com carinho aquele objeto, lembrança do seu esposo que era um berranteiro afamado!

Com o tempo a Matilde deu de acordar na madrugada, chamava pelos filhos:

- Vocês ouviram o som de berrante no estradão?

- Mãe a senhora deve ter sonhado, assossega!

E o tempo foi passando e ela continuava sufocada por este pesadelo, sempre acordava assustada ouvindo o som de um berrante manhoso nas proximidades de sua casa, então se lembrou do berrante do Zé Trupica, e o encontrou em cima de um tosto guarda-roupas maltratado pelo esquecimento, com todo carinho foi limpando o pó que o tempo havia depositado sobre ele, e ele foi renascendo, recuperou o seu antigo brilho e foi colocado sobre a sua cama, ao seu lado, nas suas noites de solidão conversava com ele como que estivesse conversando com seu marido, trocava confidências, fazia juras de amor, pedia perdão pelo seu erro, mil vezes pedia perdão pela sua falha!

No pantanal matogrossense um fazendeiro precisava deslocar uma boiada até o Triângulo Mineiro, naquele tempo as boiadas não eram transportadas em caminhões, e precisava de gente experimentada nesta lida, foi quando ficou sabendo do Zé Trupica, que além de ser da região, era um peão experimentado na arte de campear boiadas, sem contar que ele era um berranteiro de mão cheia, foi logo contratado. Contratou também outros peões calejados e tarimbados e abalaram a boiada rumo a Minas Gerais cortando cerrados, atravessando rios e riachos, parando de vez em quando para descanso dos animais, e o Zé Trupica ponteiro da turma ia todo feliz tocando o seu berrante tangendo a boiada rumo ao seu destino. Mas o destino reserva surpresas que até a surpresa se sente surpreendida, seguindo por estradas de chão ultrapassaram as cercanias da cidade de Uberaba, a terra do boi zebu, avançando sempre quando num repente desembocaram numa estrada que se mostrou conhecida pelo Zé Trupica, ele matutou e concluiu com absoluta certeza que se não desviassem o percurso, iriam passar bem na frente da sua antiga morada.

Assim aconteceu, no entardecer lá ia o Zé Trupica tocando o seu berrante, aquele som choroso avançava e estrondava veredas adentro, mas à medida que foram se aproximando da casa do peão, o som do berrante foi murchando, foi minguando, emudeceu, ele apertou o chapéu contra a cabeça, amoitou, se refugiou na poeira levantada pelo passar da boiada e pelos cantos dos olhos ele viu seus filhos já crescidos juntos à cerca, e mais ao fundo viu também a Matilde, grossas lágrimas escorriam no seu rosto, pensou em parar, cumprimentar e abraçar a sua gente, mas se lembrou que na certa no seu lugar já havia outro, o seu coração endurecido pela solidão falou mais alto, deu as costas para a sua gente e continuou a viagem, agora já livre dos solavancos da saudade, ventas abertas para o ar fresco da noite que se aproximava, respirou profundamente e voltou a tocar o berrante despicando nele as suas mágoas!

E a Matilde que estava no terreiro da casa vendo a boiada passar disse para os filhos:

- Como toca bem aquele berranteiro, até parece o vosso pai!

Chegando a boiada ao seu destino, os peões que já eram empregados da fazenda reencontraram com as suas famílias, contaram com alegria das aventuras que viveram, e os que foram contratados somente para aquele serviço foram dispensados, recebido o pagamento, agradecidos ficaram por mais uns dias na fazenda, agora abastecidos de mantimentos, de cavalos descansados, voltaram para o Mato Grosso!

Voltaram pela mesma estrada, a noite enluarada fazia do estradão um rio luminoso e tortuoso, quando Zé Trupica se aproximou da sua antiga morada tocou o berrante com tamanha emoção que foi estrondando a solidão, esfolava corações, tocou tão alto que até acordou a Matilde e esta dando um salto da cama, chamou pelos filhos:

- Vocês estão ouvindo o berrante? Nem me venham dizer que estou sonhando!

– Mamãe a senhora não esta sonhado!

– É ele! É ele, é o seu pai que esta passando pelo estradão, só ele consegue tocar berrante desse jeito. Vamos lá fora, vamos lhe dar as boas vindas, quero contar pra ele da imensa saudade que ainda hoje sinto dele!

A lua emborcou mais ainda como que quisesse também assistir o desenrolar daquele drama, derramou tamanha luz que tudo se fez claro como se dia fosse, os cavaleiros já iam bem adiantados, distanciavam, e lá na curva onde as estrelas se misturavam com os arvoredos desapareceram, mas o som do berrante insistia e persistia, mas aos poucos foi abafando, silenciando, foi sumindo assim como também foi sumindo as esperanças da Matilde reencontrar o seu marido!

Ela voltou amargurada pra dentro da sua casa, chorava e perguntava aos céus se não ia ter fim a sua desgraça, ao deitar abraçou o berrante que ficava ao seu lado na cama, chorou mais um pouco, no seu íntimo tinha toda certeza que aquele berranteiro era o seu querido esposo, e que ele na certa ainda não tinha perdoado o seu erro!

O tempo passa depressa e como passa, envelheceram, o Zé Trupica agora cansado não toca mais boiadas, se recolheu em um asilo dos velhos na cidade de Dourados é lá terminou seus dias sonhando com a sua querida esposa e seus filhos, por amar do fundo do seu coração a sua família preferiu sair de casa a ficar remoendo doiduras e desejos de vinganças pela honra ultrajada!

A Matilde agora tão velhinha, cansada, continuava a ouvir o berrante tocando no estradão, os filhos não mais se preocupam com as suas maluquices, tarde da noite, ela acordou os filhos, as noras, e os netos:

- Estão ouvindo o som do berrante, é o Zé Trupica que veio me buscar, meninos abram as portas e recebam com alegria seu pai! Entra meu querido venha me abraçar... Sentada na cama, delirava... Meu amor, não me abandone mais, chega de sofrimentos, veja como nossos filhos já estão crescidos, casaram, conheça as suas noras, veja quão bonitos são os seus netos, me pegue nos seus braços, vamos, vamos galopar pelo estradão, quero ouvir você tocar este berrante que guardei por tanto tempo ao meu lado, a ele dediquei todo o meu amor, todo o meu carinho, foi meu companheiro nesta solidão que habitou meu coração depois que você partiu!

E ela completamente transpassada pegou o berrante e o estendeu no ar como que estivesse entregando ao seu marido, o berrante foi pesando para seus braços enfraquecidos, foi caindo lentamente até tocar no chão, olhando fixamente para o alto como que se olhasse para o céu, abriu a boca queria dizer alguma coisa, com certeza queria falar com Deus, mas as forças lhe faltaram, gungunou sons abafados e sem sentidos, foi deitando lentamente na sua cama, ainda teve forças para recolher o berrante e colocá-lo ao seu lado, no seu rosto um sorriso angelical iluminava o quarto, finalmente ela reencontrara com o seu marido, e com ele o seu perdão, perdão pelo o único erro que cometera em toda a sua vida, se sentia a alma mais feliz e mais amada deste mundo! Foi viver a felicidade que em vida não conseguiram!

No cemitério em seu caixão ajeitaram carinhosamente o berrante ao seu lado, era esse o seu desejo, queria levá-lo consigo, aquele berrante representava a imensa saudade que sentiu do seu marido, foi seu confidente, ouvinte surdo das suas súplicas, mesmo mudo foi seu o seu melhor conselheiro e o seu melhor amigo...

Magnu Max Bomfim
Enviado por Magnu Max Bomfim em 05/08/2015
Reeditado em 14/08/2015
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