O Cabra Nojento
(causo popular)
Dizem que era um cabra nojento demais da conta. Tinha nojo de tudo, até de pegar em maçanetas. Andava sempre com álcool em gel na bolsa para fazer a higienização das mãos. Na hora de comer era que nem o cachorro do Arruda, só comia se fosse sozinho porque tinha nojo de ver gente mastigando.
Agora, se tinha uma coisa à qual ele tinha verdadeiro asco era bosta. Sentia náuseas só em ver um cocô de cachorro no meio da rua, uma fralda suja de neném. Dizia pra todo mundo que era capaz de rasgar dinheiro antes de comer bosta.
Um amigo dele, safado e engraçado, resolveu pregar uma peça no criatura; convidou-o a caçar e, no meio do mato, pegou uma agulha bem fininha e espetou o pé do amigo que se virou, alarmado, pensando tratar-se de bicho venenoso.
O amigo, segurando o riso, disse muito sério, "cara, eu acabei de ver uma cobra passando por aqui, perigosíssima, aposto que foi ela quem te mordeu.
Aí o caboclo endoidou, era novo demais para morrer, disse aos prantos. O amigo, muito do sem-vergonha, disse "cara, só existe um remédio contra esse veneno de cobra: tomar um cházinho de bosta.
E o nojento pulou bem acolá, redivivo: "pois se tem remédio vai preparar o chá homem! Quer me deixar morrer? Enquanto isso, tem um pedacinho de tolete aí não, mode eu ir chupando?"
Dizem que era um cabra nojento demais da conta. Tinha nojo de tudo, até de pegar em maçanetas. Andava sempre com álcool em gel na bolsa para fazer a higienização das mãos. Na hora de comer era que nem o cachorro do Arruda, só comia se fosse sozinho porque tinha nojo de ver gente mastigando.
Agora, se tinha uma coisa à qual ele tinha verdadeiro asco era bosta. Sentia náuseas só em ver um cocô de cachorro no meio da rua, uma fralda suja de neném. Dizia pra todo mundo que era capaz de rasgar dinheiro antes de comer bosta.
Um amigo dele, safado e engraçado, resolveu pregar uma peça no criatura; convidou-o a caçar e, no meio do mato, pegou uma agulha bem fininha e espetou o pé do amigo que se virou, alarmado, pensando tratar-se de bicho venenoso.
O amigo, segurando o riso, disse muito sério, "cara, eu acabei de ver uma cobra passando por aqui, perigosíssima, aposto que foi ela quem te mordeu.
Aí o caboclo endoidou, era novo demais para morrer, disse aos prantos. O amigo, muito do sem-vergonha, disse "cara, só existe um remédio contra esse veneno de cobra: tomar um cházinho de bosta.
E o nojento pulou bem acolá, redivivo: "pois se tem remédio vai preparar o chá homem! Quer me deixar morrer? Enquanto isso, tem um pedacinho de tolete aí não, mode eu ir chupando?"