LISBOA E A LENDA DE SUA ORIGEM

Ao me despedir de Lisboa com destino a Sevilha na Espanha, sentia-me tomado por uma estranha sensação, como se meu cordão umbilical estivesse sendo desligando de algo muito sublime que me alimentava a alma de forma mágica. Rendendo-me aos encantos dos costumes que permeia a paisagem portuguesa senti que deixava ali, um profundo sentimento que me prendia a aquela terra maravilhosa e acolhedora.
Lisboa é uma cidade que nasceu de muitas e diferentes culturas vindas de longínquas paragens ao longo do tempo. Para quem como eu sou de origem rural, ali pode deliciar um respirar de aldeia, que nos parece ser familiar, em cada bairro histórico. Ao percorrer as ruas da Baixa pombalina que se abre ao Tejo, na Praça do Comércio e, seguindo o rio, somos tomados por um fascínio fantástico. Conhecer alguns dos lugares mais bonitos da cidade: a zona monumental que margeia o Tejo indo ao encontro do Oceano Atlântico, onde situa os monumentos dos descobrimentos torre de Belém o mosteiro dos Jerônimo, onde se criou o famoso pastel de Belém, Patrimônio Mundial. Bairros medievais, e também zonas de lazer mais recentes ou contemporâneas, como o Parque das Nações ou as Docas. É incrível a beleza histórica preservada em seu monumento.
Junto à foz do rio vamos perceber porque se diz que Lisboa é o centro dum vasto resort. Pela estrada marginal podemos conhecer praias e estâncias balneários que combinam com vilas e hotéis do início do séc. XX com suas marinas. Também os palácios espalhados pela paisagem cultural de Sintra, Patrimônio Mundial conhecida como o monte da lua. E também maravilhosa arquitetura de seus aquedutos, cenários de tantas lendas, que aterrorizam o imaginário lusitano.
Tanto a norte como ao sul da capital, a grande variedade de paisagens e patrimônio fica sempre a curta distância. Com praias, parques naturais, percursos culturais e alojamento para todos os gostos. Difícil será escapar à região de Lisboa numa visita a Portugal.
O fado é mais uma expressão portuguesa elevada a Patrimônio Mundial. Por isso, jantar numa casa de fados será outra experiência a não perder. Como ocorreu por ocasião de nossa chegada a. Capital lusitana que encanta, e cujo primeiro nome um tanto estranho, como conta a lenda a seguir.
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Conta à lenda que a costa que hoje é a de Lisboa, tinha um estranho nome: Ofiusa - que quer dizer "Terra de Serpentes". As serpentes tinham a sua rainha. Uma rainha muito estranha, metade mulher, metade serpente... Senhora de um olhar feiticeiro, e de uma voz muito meiga.

Ás vezes, esta estranha rainha subia ao alto de um monte e gritava ao vento, só para que pudesse ouvir a sua própria voz:

“Este é o meu reino! Só eu governo aqui, mais ninguém! Nenhum ser humano se atreverá a pôr aqui os pés: ai de quem ousar! Pois as minhas serpentes, não o deixarão respirar um minuto sequer!".

De fato, durante muito tempo, ser humano nenhum se aventurou a desembarcar nesta costa que ela pensava que estaria amaldiçoada pelos deuses e também pelos homens.

Porém um dia, vindo de muito longe, um herói lendário chamado Ulisses, famoso pelas suas aventuras guerreiras, atracou na cidade.

Ficou deslumbrado com as belezas naturais que viu e ao desembarcar subiu a um monte, e com a sua máscula voz, gritou ao vento:

“Aqui edificarei a cidade mais bela do Universo! E dar-lhe-ei o meu próprio nome: será a Ulisseia, capital do Mundo!”

E a sua profecia concretizou-se... E hoje, embora não tenha o nome dado pelo herói mitológico grego "Ulisseia", é uma das mais belas cidades do Mundo, e chama-se Lisboa. Situada em uma das sete colinas que são famosas pelas belezas naturais que enriquecem a paisagem na terra lusitana. Presume-se que a idéia das sete colinas, possa advir dos romanos, espelhados numa estrutura geográfica semelhante à capital do império Romano. Mas independentemente desta proveniência lendária popular foi Frei Nicolau de Oliveira, Empenhado em arranjar um paralelo idêntico com a cidade de Roma. Que as referiu pela primeira vez no século XVII Com o crescimento urbano, estendeu-se a outras elevações e, no século XVI Damião Góis já a descrevia espalhada por cinco colinas: Esperança, São Roque, Santana, Senhora do Monte (ou Catarina do Monte Sinai) e Castelo (ou São Jorge). Hoje naturalmente que a cidade ocupa muitas mais e nem aquelas na altura eram bem sete, por exemplo, a colina da Graça foi esquecida por Frei Nicolau, uma vez que chegando a Lisboa pelo mar, é encoberta pela do Castelo, com essa daria oito colinas, mas a mesma impossibilitava a imitação ou a similaridade com Roma e era mais conveniente imitá-la.
Lisboa palavra que encanta pela origem descrita de varias formas, pelos sábios da antiguidade. Que os definindo como porto seguro sua costa, é homenageava como acolhedora e bondosa. Outros a definiam como maternal e pacifica. Caberia muito bem a junção da uma flor, ou seja, a flor de lis com boa de bonança, lis e boa. De qualquer forma Lisboa é adorável e pode ser considerada com a janela da alma da Europa por onde entra feliz e sai encantado com aquele que a visita e com a receptividade do povo lusitano!

( obs foto arquivo pessoal março de 2015)

 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 19/10/2015
Reeditado em 19/10/2015
Código do texto: T5419952
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