Estrume de Porco

Marina conversando com o namorado falou,

-no sábado após o trabalho vou à casa da Tereza

No que Carlos pergunta

-Quem é Tereza

-A costureira.

-Aquela que mora perto da sua casa?

-Ela já não mora mais perto de casa, o marido dela comprou um lote no loteamento que fizeram lá no Morro do Além, construíram uma casinha lá e mudaram para sair do aluguel, por isso é que disse que vou lá no sábado após o trabalho, porque o ônibus que passa lá perto sai do centro da cidade. Para ir da casa até lá é uma boa caminhada

-Então você irá lá à hora que eu chegar a sua casa esta bem?

-Se você quer ir comigo está tudo bem.

Essa conversa Marina teve com o namorado no domingo a noite, como ele disse que queria ir até a casa da costureira, para ela, estava tudo bem se assim era o desejo dele. Ela pensou que ele iria chegar mais cedo para poder irem, só que ele chegou à boca da noite, como ele não tinha carro foram a pé, porque no final da década de setenta não tinha tanta violência com tem hoje. Só que como o setor que a Tereza havia mudado era novo não tinha nenhum tipo de infra estrutura, para chegar lá, tinha que atravessar um córrego chamado Anicuns onde não existia ponte o que tinha era uma pinguela feita com o tronco de uma árvore que havia caído, os poucos moradores que tinha no setor havia colocado. Carlos já ficou nervoso porque teve que atravessar na pinguela no escuro o que era arriscado pisar em falso e cair dentro do córrego porque ele não havia levado nenhuma lanterna, Marina não havia contado nada para ele sobre a pré caridade do local.

A primeira etapa já havia sido feita que foram atravessar o córrego, a segunda etapa foi subir o morro, andar por ele no escuro escorregando nas pedras e às vezes enfiando os pés em buraco. Carlos pensou tudo bem faço tudo pela Marina porque ela é a mulher da minha vida. Assim foram andando e conversando. Prestando atenção no que Marina estava falando não prestou atenção por onde pisava, quando viu havia caído de cheio, não foi um tombo em um buraco qualquer ele caiu nas fezes dos porcos porque estava passando ao lado de um chiqueiro. Carlos sujou por inteiro, ficou da cabeça aos pés sujo de fezes e como fedia, Marina teve que se segurar para não rir, ele levantou bravo, muito bravo.

Ela disse para ele ter calma porque acidentes acontecem que já estava no fundo da casa da Tereza, aliás, aquele chiqueiro eram deles. Quando Marina chamou na porta da casa, Tereza saiu e vendo a situação do namorado da Marina chamou o marido que de pronto foi até a cisterna puxar água, com um balde jogava água em Carlos para limpar a sujeira dos porcos. Ele estava tão furioso que Marina nem provou as roupas que Tereza havia feito. Foram logo embora. O marido da Tereza vendo o quando ele estava bravo emprestou uma lanterna para eles para que não sofresse mais nenhum tipo de acidente. Foram calados sem falar nada um com outro porque Carlos estava bravo de verdade, Marina achou melhor ficar na dela. Só que todas as vezes que eles passava perto de alguém as pessoas tapava o nariz dizendo que fedor é esse, fazendo Carlos fechar mais a cara.

Quando chegaram a casa de Marina que os pais dela viram a situação de Carlos perguntaram o que havia acontecido ele disse a eles que Marina era doida e ele mais doido ainda só posso ser doido não acho outra explicação, porque ter ido em um lugar praticamente ermo, escuro que oferecia todo tipo de risco para uma pessoa. A mãe de Marina disse a ele

-Carlos, meu filho ,vá para o banheiro, tomar banho, vou arrumar a roupa do meu marido para você vestir, não pode ficar assim molhado com esse cheiro horrível.

Ele tomou banho vestiu a roupa do sogro que ficou curta apertada mas era melhor do que ficar fedendo a estrume de porco, o que aliás mesmo com o banho ainda o cheiro persistia.

Quanto a Marina seus pais deram uma bronca nela por colocar a vida dela e do namoro em risco ao andar para um lugar ermo durante a noite.

Lucimar Alves

Lucimar Alves
Enviado por Lucimar Alves em 26/10/2015
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