A SERRA NEVADA EO MONTE DEL SUSPIRO



Ao viajar de Sevilha com destino a Granada é possível visualizar na longínqua tela que a paisagem apresenta a serra nevada situada na região sudeste. A impressão que se tem, é que, o lençol branco formado pela cortina de gelo que se vê no seu pico, ao longo do percurso, está sendo manuseado pela mão de Deus cobrindo a serra que repousa no horizonte, na divisória aonde céu e terra se encontram. As belezas que a paisagem apresenta são um verdadeiro espetáculo. Ao vislumbrar a imensidão do vale Ibérico que se estende pela provincia de Andaluzia até o mediterrâneo, deixa-nos a sensação de estar no meio de um majestoso paraíso ajardinado por lavouras de de subsistência cultivadas, em sua maioria por hortifrúti, numa combinação de cores fantástica, ilustrando a bela paisagem.
A cidade de Granada fica no coração da Andaluzia. Foi à primeira cidade da Espanha ocupada pelos mouros, ainda no século VIII e assim permaneceu até o século XV (1492), quando foi conquistada pelos reis católicos.
Granada foi um centro de cultura importante durante a ocupação moura. A convivência de muçulmanos, católicos e judeus, impulsionou a cidade, onde artesãos, mercadores, cientistas e eruditos se misturavam com facilidade. Essa característica deixou para Granada um legado histórico encantador.
No bairro de Albaicín é onde mais se sente a influência moura em Granada. A maioria das igrejas ocupa hoje o lugar que no passado foi das mesquitas. Um legado cultural e arquitetônico espetacular.
No verão a cidade, como toda a Andaluzia é muito quente. Nas ruas estreitas do centro são colocados toldos para amenizar os efeitos do calor.
O maior tesouro de Granada é o Palácio de Alhambra, um dos mais impressionantes monumentos mouros da Europa. Ocupando uma área de dezoito hectares. Em Alhambra, a magia da arquitetura mourisca mistura luz, água e uma fantástica decoração sofisticada.
No centro do Palácio de Alhambra fica o Palácio Del Portal, o edifício mais antigo do complexo arquitetônico.
O Palácio foi construído pela dinastia násrida que governou Granada. Alhambra usou materiais baratos, mais ricamente trabalhados pelos artesãos mouros.
Ao norte do Castelo de Alhambra aparece o Generalife, um castelo menor com belíssimos jardins e muitos canais. O Generalife foi à propriedade de campo dos reis náridas. O nome significa “O Jardim do Paraíso Elevado” e traduz bem a beleza do local.
A Granada dos mouros atingiu o apogeu depois que Córdoba foi conquistada pelos exércitos da cristandade em 1236. Tornou -se a capital da Espanha muçulmana, e sucessivos governantes construíram nela um complexo de palácios.O a
Alhambra é diferente de tudo o que os europeus já tinham visto construir. Um escritor, entusiasmado, descreveu-o como “a construção mais maravilhosa do mundo”. O cenário do Alhambra é tão majestoso quanto o conjunto de construções.
Os picos cobertos de neve da Serra Nevada, com mais de 3.300 metros, erguem-se por detrás dele, como uma imensa ‘cortina de fundo’. O próprio Alhambra fica sobre um extenso monte arborizado que se eleva a cerca de 150 metros acima da cidade.Local ideal para um visitante contemplar Granada do alto admirando seus monumentos.
O nome Alhambra, que significa “o vermelho” em árabe, provavelmente faz referência à cor dos tijolos que os mouros usaram para construir os muros externos. No entanto, alguns preferem a explicação dos historiadores árabes, de que a construção do Alhambra foi feita à “luz de tochas”. Eles dizem que essa iluminação noturna dava aos muros a cor avermelhada a que se refere o nome da construção.
O Alhambra é muito mais do que um palácio. Poderia ser descrito como uma cidade dentro da cidade de Granada. Por trás de suas extensas muralhas encontram-se jardins, pavilhões, um complexo de palácios, o Alcazaba (ou forte) e até uma pequena medina, ou cidade. O design mouro do Alhambra e os anexos posteriores resultaram numa amostra única da delicada e intrigada arte árabe, junto com as linhas mais harmoniosas e mais fortes da Renascença europeia.
O Alhambra deve sua beleza a um método usado pelos mouros e pelos gregos antigos. Primeiro eles combinaram as diferentes pedras de tal forma que a cor e a textura naturais delas produzissem efeitos de harmonia, proporção e simplicidade. Depois decoraram a requintada construção. Como diz um especialista: “Os mouros respeitaram o que os arquitetos consideram o princípio básico da arquitetura — decorar a construção, nunca construir a decoração.”
Quando o último rei de Granada, Boabdil (Muhammad XI), forçado pela circunstância entregou suas chaves a Dom Fernando e a rainha Isabel, ele e sua família foram exilados. Dizem que, depois de saírem da cidade, pararam num ponto elevado que atualmente se chama “El Suspiro Del Moro”. Quando se viraram para dar uma última olhada,e último adeus ao glorioso palácio vermelho, conta-se que a mãe de Boabdil disse a ele, filho:
“Chore como uma mulher pelo que você não conseguiu defender como um homem!”
No trajeto de granada passando pelas principais cidades até Madrid a cada dezoito quilometro percorridos depara-se com um castelo milenar, alguns já em ruínas, foram construidos nos montes mais elevados utilizados como fortes par manter assim a vigilância do reino Ibérico.

 ( Foto arquivo pessoal  março 2015-- viajanodo com destino a granda)
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 09/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
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