BININDITO GORONANTE PLANTA UMA HORTA

Naquele dia bem cedo ele acordou muito animado.

_Acorda muie qui ieu hoj vo trabaia la nu quintar, pro mod pranta uma horta. As coisa ta munto cara i nois num prantamo nada nu nosso quintar.

-Eitha qui oce ta inventano moda homi. Es negoço di planta aqui num vai da certo, oçe vai ve so.

Binindito Goronate deu um berro que acordou os filhos e ate os vizinhos :

-Larga mao di se agorenta muie i vai logo faze u cafe, qui ieu ja vo lava a cara.

Ele tomou o seu cafe bem apressado, passou a mao numa enchada e uma pequena foice e la se foi, todo animado para o trabalho;

Ele roçou o terreno e capinou ate na hora do almoço, deixando o terreno em ponto de plantio.

No outro dia bem cedinho,ele levou muitas sementes de alface, couve, almerao e muitas mudas de cebolinha e semeou tambem muitas sementes de tomate. La no local, havia um tanque, de onde com uma mangueira ele religiosamente jogava agua na sua plantaçao duas vezes por dia.

Ao entardecer, quase a hora do por do sol,um sabia lhe oferecia o seu belo canto.

O nosso amigo, fazia com a mangueira um chuveirinho e a ave abrindo as asas se deliciava e passou a frequentar diariamente a sua horta

Logo as sementes germinaram e a cada dia ele se alegrava vendo o seu trabalho ser recompensado.

E pensava:

- Eita qui logo, logo vo coier minhas verdura i leva numa carroça, pro modi vende la nu Supermercadu Diga .

Dona Zefa, sua patroa quebrava o animo do pobre homem:

- Oce vai ve, daqui um mucadim, as furmiga chega i caba cum tudo.

-Eita qui muie mais ixcumungada so...

Os dias se passaram e em algumas semanas a horta do Binindito Goronante tava que era um brinco e agora tambem havia ervilhas e pepinos em grandes quantidades.

Naquele dia, ele sorria satisfeito contemplando a obra das suas maos e depois de ter aguado as plantas, sentou se em baixo de um abacateiro, quando um relampago riscou o ceu e um trovao muito forte prenunciaram uma grande tempestade.

E ela veio, arrazando tudo, destruindo todo o seu trabalho.

O pobre homem chorou...

ANESIO SILVA
Enviado por ANESIO SILVA em 01/04/2016
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