Baile à fantasia

Fazia muitos anos que eu não a via. Cada um foi para o seu canto e até parecia, que nem um de nós mais existia. Quando nos conhecemos. Ela tinha namorado e eu uma guria. E toda vez que nos olhávamos transparecia, que um ao outro queria. Mas o destino quando quer aprontar, não tem hora e não tem dia. Foi justo em uma festa, um baile à fantasia. Que lá ela estava, fantasiada de vampira e eu de padre Malaquias. Quando eu lhe avistei, ela já me olhava e sorria. Não sei se imaginando que aquele seria o dia. Ou me gozando por causa da minha fantasia. Confesso que gostei da sua fantasia, imaginei-a me sugando... De prazer eu morreria. Ela, uma mulher já madura, segura do que queria. Partiu para o ataque, descontraída sorria. Seu padre... Encontrei o que eu queria, quero me confessar. A minha confissão o senhor ouviria? Claro minha filha... Conte os seus pecados e as suas fantasias. O meu pecado é muito grande, acho que o senhor me excomungaria. Conte... Quem sabe Jesus a perdoaria! Senhor padre... O meu maior desejo é de chupar um padre e hoje é o dia. Aquilo me deu uma tesão... E ela notou que a batina subia. Ela ficou louca e me agarrou, para confirmar o que via. Padre safado... Você é um tarado. Eu juro que não sabia, que só a batina o senhor vestia. Pois agora o senhor vai ver, o que eu vou fazer, pode até dizer... Credo em cruz, Virgem Maria. O seu sangue eu vou sugar e quero sentir o senhor derramar dentro de mim a sua agonia. E depois se escapar e quiser me procurar... Vista a sua fantasia!

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 03/08/2016
Reeditado em 03/08/2016
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