Bat Man
E quando o estúdio contratou Eitan Gulden como diretor de criação, houve a expectativa de que esse seria o fim dos nossos problemas. Afinal, Gulden, o ex-garoto de ouro da Montana Movies, era um vencedor. Havia sido o responsável pela bem-sucedida série de três filmes do Crimson Tide, até então um super-herói secundário da Goldilock Comics, produções de baixo orçamento (particularmente a primeira) e que haviam gerado caminhões de dinheiro para os acionistas. A excitação aumentou quando Gulden anunciou no Twitter que sua primeira produção na nova casa, seria um filme do Bat Man...
- Como assim? Batman não é propriedade da DC Comics? - Foi a primeira coisa que me perguntaram, assim que a notícia circulou pela sede do estúdio.
- Não pode ser esse Batman... - ponderei. - Deve estar falando do Black Bat, um personagem da década de 1930. Aliás, mais especificamente, houve dois Black Bats. O segundo possui uma história de origem interessante, lembra a do Duas-Caras do Batman da DC.
As especulações pegaram fogo. Teríamos um filme com o Black Bat, um promotor de justiça que fica cego após ser atacado com ácido por um criminoso. Submetido a uma cirurgia experimental, ele não só recupera a visão, como passa a enxergar no escuro. Daí, passa a combater secretamente o crime como o Black Bat...
Só faltava confirmar isso com Eitan Gulden.
- Não, - respondeu ele para mim - não é nada disso.
Era um filme do Bat Man, explicou ele pacientemente, não do Black Bat.
- Mas Batman não é propriedade da DC Comics? - Perguntei, fazendo cara de inocente.
- Não é esse Batman. É o Bat Man.
Resumo da ópera: Bat Man seria um filme de terror sobre um homem que tem seu cérebro trocado pelo de um morcego. Detalhe: o homem (com cérebro de morcego) morreria logo no início do filme!
- E quem vai ser o protagonista do filme? - Indaguei, temendo pela resposta.
- O morcego - retrucou Gulden.
[24-02-2017]