O SOMHO DE UM CORONEL MACHISTA 40º Eúltimo EPISóDIO
Dois anos se passaram após a morte do coronel mais poderoso, da pacata cidadezinha de Bom Jardim e chegou o grande momento. A data não poderia ser mais expressiva. Iniciava uma nova era de paz e harmonia. Justamente no dia do aniversário de Nicó, com a realização do acontecimento mais importante de sua vida, seu casamento com a jovem Dusanjo. O enlace matrimonial mais comentado em Bom Jardim em todos os tempos. Concretizando um sonho de amor projetado pelo destino. Unindo Montenegro às Vilelas encerrando uma guerra histórica que perdurou por gerações, entre as duas famílias mais poderosas da cidade. A natureza parecia conspirar com o acontecimento.
Na véspera, a noite caiu uma chuva mansa e copiosa, deixando a impressão que o meio ambiente quis lavar alma preparando-se para livrar das adversidades de um passado tenebroso. Deixando a paisagem exuberante e embevecida com a essência da natureza. As fazendas Morrinhos e Bocaina amanheceram vestidas de noivas cobertas por um lençol de nevoa branco, retratando a pureza de uma paz imorredoura. Quando o sol abriu o seu sorriso rasgando a cortina do véu que cobria a paisagem, veio à brisa mansa e suave carregando o delicioso perfume silvestre exalado pelas flores do campo. Desmanchando a neblina. A natureza parecia sorrir com o desabrochar das flores. No contraste da luz projetada pelo sol sobre os verdes prados os pingos de orvalho se transformaram em perólas de brilhantes como pedras preciosas bebericadas pelas aves do céu.
Em Bom jardim nas ruas por onde os nubentes iriam passar, Ilustrava um colorido todo especial. Pendia das janelas, de todas as residências, o de melhor e mais belo do seu artesanato. Colchas, toalhas, forros de mesa e toda a tapeçaria produzida com arte, por sua gente simples, que carregavam no rosto um brilho de felicidade contribuído com o cenário daquele evento. Numa demonstração de carinho ao casal que contagiou toda a população. Dusanjo a musa do Bom Jardim vestida de branco de véu e grinalda, enquanto seu noivo Nicó todo elegante. Impecável com seu terno azul, camisa branca, gravata borboleta e lencinho perfumado na algibeira do bleizer. Quando a luxuosa carruagem adentrou a cidade um fenômeno inédito e inexplicável ocorreu, surgiu numa revoada inúmeras pombas selvagens. Todas muito brancas invadindo o céu de Bom jardim sobrevoando o cortejo, como se estivesse tudo programado,mas ninguém soube explicar de onde vieram. Os seis quilômetros da estrada de acesso da fazenda Bocaina até a cidade estavam com as suas paralelas enfeitadas com flores do campo, e arcos de bambu com suas ramagens verdes, coloridos por rosas e lírios. Tudo preparado pelos escravos numa homenagem simbólica aos noivos, que tiveram o cuidado em convidar a todos um por um por um sem exceção.
Ao receber os noivos no altar padre Gregório tinha no olhar um brilho fascinante. E com muito humildade deu inicio a celebração enaltecendo o acontecimento com um belo sermão:
Um casamento feliz se constrói com muito amor, carinho e compreensão. Que o sentimento do amor esteja sempre na vida de vosmecês! Que o Senhor esteja para sempre entre vós, abençoado essa vossa união e fortalecendo a família. Que os frutos deste enlace sejam igualmente abençoados para as futuras gerações. A felicidade é a base fundamental para manter viva a união conjugal. Que a felicidade a dois continue sendo o objetivo principal de suas vidas. Para que a caminhada seja longa, repleta de amor e compreensão. Vosmecê Miguelina Dusanjo ao receber Como esposo Nicodemos Vilela, Está assumindo um compromisso social de suma importancia. Até que emfim esse enlace foi realizado! E estamos deveras muito felizes. Esperamos que vosmecês continuem exatamente assim, unidos, companheiros e, acima de tudo, felizes. Por este momento tão sublime que é o da união entre duas pessoas que se amam. Que vosmecês sejam cobertos de bênçãos, felicidades e plena harmonia e que o caminhar dessa nova vida seja sempre para vosmecês caminhos de flores e esperança e a constituição de uma nova família sempre dentro da mais pura felicidade. Parabéns por esse passo tão importante e de tamanha grandeza em vossas vidas e que hoje e sempre vosmecês sejam muito felizes.
Encerrada a cerimônia a qual os escravos e toda a população mais humildes da cidade estiveram presentes sentindo-se nivelados aos mais poderosos senhores de escravos e de toda a elite. Isso graças ao apoio e carinho que receberam de Nicó e seu sogro, o coronel Tiburcio que colocaram as lojas da cidade e todas as costureiras a disposição dos escravos pertencentes às suas propriedades, dando a eles o previlégio em comparecem vestindo adequadamente com seus trajes de gala ao gosto de cada um conforme o costume da moda africana. Ilustrando de forma maravilhosa o evento. A igreja ficou pequena para tantos expectadores homenageando o noivo ,mas o espírito solidário foi tão admirável que formaram duas alas quilométricas ao longo da avenida. Por onde os noivos que dispensaram a carruagem seguiram caminhando entre as duas alas até a saída da cidade. Debaixo de uma chuva de pétalas perfumadas e coloridas aplausos e vivas. Tomaram a carruagem e seguiram vagarosamente para a fazenda Bocaina acompanhados por uma multidão de convidados, dançando e cantando durante o percurso. Então com musica e danças iniciou-se uma mega festa com comidas típicas, churrasco e bebidas que varou a noite. Quando raiou o sol do novo dia pararam as danças e cessaram os instrumentos musicais os passarinhos abriram o bico numa sinfonia ecológica encantadora jamais vista. O boi pretête que dividiu o colostro de sua mãe a vaca mimosa, quando nasceu a noiva, veio também , ele que até então andou sumido chegou à porteira do curram cheio de energia com seu ritual gracioso saltando e dando pinotes como sempre fez no circo.
Esta união conjugal tão contestada pelo coronel, Certorio foi o ponta pé inicial de uma nova era escruta com letras de ouro nos anais históricos no municipio da pequena cidade de Bom jardim sepultando uma adversidade que perpetuou por gerações e amenizando um pouco a desigualdade social de forma significativa provocada pelos mando e desmando dos senhores de escravos. Um casamento que uniu o útil ao agradável, o bom senso dos Montinegro na pessoa do coronel Tiburcio ao dos Vilela na pessoa de seu genro Nicó.
Dois anos se passaram após a morte do coronel mais poderoso, da pacata cidadezinha de Bom Jardim e chegou o grande momento. A data não poderia ser mais expressiva. Iniciava uma nova era de paz e harmonia. Justamente no dia do aniversário de Nicó, com a realização do acontecimento mais importante de sua vida, seu casamento com a jovem Dusanjo. O enlace matrimonial mais comentado em Bom Jardim em todos os tempos. Concretizando um sonho de amor projetado pelo destino. Unindo Montenegro às Vilelas encerrando uma guerra histórica que perdurou por gerações, entre as duas famílias mais poderosas da cidade. A natureza parecia conspirar com o acontecimento.
Na véspera, a noite caiu uma chuva mansa e copiosa, deixando a impressão que o meio ambiente quis lavar alma preparando-se para livrar das adversidades de um passado tenebroso. Deixando a paisagem exuberante e embevecida com a essência da natureza. As fazendas Morrinhos e Bocaina amanheceram vestidas de noivas cobertas por um lençol de nevoa branco, retratando a pureza de uma paz imorredoura. Quando o sol abriu o seu sorriso rasgando a cortina do véu que cobria a paisagem, veio à brisa mansa e suave carregando o delicioso perfume silvestre exalado pelas flores do campo. Desmanchando a neblina. A natureza parecia sorrir com o desabrochar das flores. No contraste da luz projetada pelo sol sobre os verdes prados os pingos de orvalho se transformaram em perólas de brilhantes como pedras preciosas bebericadas pelas aves do céu.
Em Bom jardim nas ruas por onde os nubentes iriam passar, Ilustrava um colorido todo especial. Pendia das janelas, de todas as residências, o de melhor e mais belo do seu artesanato. Colchas, toalhas, forros de mesa e toda a tapeçaria produzida com arte, por sua gente simples, que carregavam no rosto um brilho de felicidade contribuído com o cenário daquele evento. Numa demonstração de carinho ao casal que contagiou toda a população. Dusanjo a musa do Bom Jardim vestida de branco de véu e grinalda, enquanto seu noivo Nicó todo elegante. Impecável com seu terno azul, camisa branca, gravata borboleta e lencinho perfumado na algibeira do bleizer. Quando a luxuosa carruagem adentrou a cidade um fenômeno inédito e inexplicável ocorreu, surgiu numa revoada inúmeras pombas selvagens. Todas muito brancas invadindo o céu de Bom jardim sobrevoando o cortejo, como se estivesse tudo programado,mas ninguém soube explicar de onde vieram. Os seis quilômetros da estrada de acesso da fazenda Bocaina até a cidade estavam com as suas paralelas enfeitadas com flores do campo, e arcos de bambu com suas ramagens verdes, coloridos por rosas e lírios. Tudo preparado pelos escravos numa homenagem simbólica aos noivos, que tiveram o cuidado em convidar a todos um por um por um sem exceção.
Ao receber os noivos no altar padre Gregório tinha no olhar um brilho fascinante. E com muito humildade deu inicio a celebração enaltecendo o acontecimento com um belo sermão:
Um casamento feliz se constrói com muito amor, carinho e compreensão. Que o sentimento do amor esteja sempre na vida de vosmecês! Que o Senhor esteja para sempre entre vós, abençoado essa vossa união e fortalecendo a família. Que os frutos deste enlace sejam igualmente abençoados para as futuras gerações. A felicidade é a base fundamental para manter viva a união conjugal. Que a felicidade a dois continue sendo o objetivo principal de suas vidas. Para que a caminhada seja longa, repleta de amor e compreensão. Vosmecê Miguelina Dusanjo ao receber Como esposo Nicodemos Vilela, Está assumindo um compromisso social de suma importancia. Até que emfim esse enlace foi realizado! E estamos deveras muito felizes. Esperamos que vosmecês continuem exatamente assim, unidos, companheiros e, acima de tudo, felizes. Por este momento tão sublime que é o da união entre duas pessoas que se amam. Que vosmecês sejam cobertos de bênçãos, felicidades e plena harmonia e que o caminhar dessa nova vida seja sempre para vosmecês caminhos de flores e esperança e a constituição de uma nova família sempre dentro da mais pura felicidade. Parabéns por esse passo tão importante e de tamanha grandeza em vossas vidas e que hoje e sempre vosmecês sejam muito felizes.
Encerrada a cerimônia a qual os escravos e toda a população mais humildes da cidade estiveram presentes sentindo-se nivelados aos mais poderosos senhores de escravos e de toda a elite. Isso graças ao apoio e carinho que receberam de Nicó e seu sogro, o coronel Tiburcio que colocaram as lojas da cidade e todas as costureiras a disposição dos escravos pertencentes às suas propriedades, dando a eles o previlégio em comparecem vestindo adequadamente com seus trajes de gala ao gosto de cada um conforme o costume da moda africana. Ilustrando de forma maravilhosa o evento. A igreja ficou pequena para tantos expectadores homenageando o noivo ,mas o espírito solidário foi tão admirável que formaram duas alas quilométricas ao longo da avenida. Por onde os noivos que dispensaram a carruagem seguiram caminhando entre as duas alas até a saída da cidade. Debaixo de uma chuva de pétalas perfumadas e coloridas aplausos e vivas. Tomaram a carruagem e seguiram vagarosamente para a fazenda Bocaina acompanhados por uma multidão de convidados, dançando e cantando durante o percurso. Então com musica e danças iniciou-se uma mega festa com comidas típicas, churrasco e bebidas que varou a noite. Quando raiou o sol do novo dia pararam as danças e cessaram os instrumentos musicais os passarinhos abriram o bico numa sinfonia ecológica encantadora jamais vista. O boi pretête que dividiu o colostro de sua mãe a vaca mimosa, quando nasceu a noiva, veio também , ele que até então andou sumido chegou à porteira do curram cheio de energia com seu ritual gracioso saltando e dando pinotes como sempre fez no circo.
Esta união conjugal tão contestada pelo coronel, Certorio foi o ponta pé inicial de uma nova era escruta com letras de ouro nos anais históricos no municipio da pequena cidade de Bom jardim sepultando uma adversidade que perpetuou por gerações e amenizando um pouco a desigualdade social de forma significativa provocada pelos mando e desmando dos senhores de escravos. Um casamento que uniu o útil ao agradável, o bom senso dos Montinegro na pessoa do coronel Tiburcio ao dos Vilela na pessoa de seu genro Nicó.