= Zezinho Jr., ô moleque feio!!! =

Quem me conhece sabe-me bem. O quanto detesto fofoca, futrica e intriga.

E principalmente o quanto quase dou de boi e vaca pra fugir de uma briga.

Mas este causo não dá pra contar sem listar a feiura desse "filho de rapariga".

Assim quem o chama é o pai dele, não sou eu. Pai desnaturado de uma figa!

Zezinho Jr. nasceu cabeçudo, olhos grandes e saltados, braços longos e pernas compridas. Mais magrelo que vara de bater pecado. E o detalhe principal: desde bem novinho ostentando uma enorme barriga.

Tão grande e protuberante que logo no primeiro dia de creche seus coleguinhas lhe deram o singelo apelido de Zé Lombriga.

O monstrinho foi crescendo e cada vez mais feio foi ficando. Do seu cabelo, um capítulo à parte vou tentar descrever agora. Uma mistura de pelo de rato e pelo de cachorro sem dono e sem raça definida.

Naquela tarde, ele e sua mãe, já na volta de uma visita na casa da dinda, onde Zezinho Jr., guloso que ele só, comera 3/4 de um queijo meia cura sozinho, lá pela metade da trilha, largou da mão da mãe e entrou numa matinha, correndo e gemendo, dizendo estar com umas cólicas da bixiga.

A mãe pacientemente ficou lá parada, na trilha plantada, esperando Zezinho Jr. dar cabo de sua cagada líquida. E a coitada só sentindo o cheiro da catinga.

Meia hora depois assustou-se quando viu o desengonçado filhote de cruz credo sair aos pulos, gesticulando e gritando de dentro da caatinga.

Gritou ela sem demora: - O que foi agora, fii du capeta? O que ou quem te picou? Foi cobra, abelha ou formiga?

Zezinho Jr. que nessa altura já estava se banhando no corguinho que por sorte passava ali perto, freneticamente esfregando sua bunda seca com água e areia respondeu: - Nada dissu mãe. Eu não olhei direito os matinhos. Limpei meu c* com urtiga.

Assim que chegaram em casa já escurecendo, o marido com cara de fome e de quem chupou limão, num mau humor desgraçado pela demora perguntou pra mulher: - Que foi mulher? Por que tanta demora? Com essa sua cara de ET, pensei que tivesse sido por um marciano abduzida.

Ela nada respondeu. Mas pensou. - Maldito o dia em que fui por esse jagunço corno seduzida!!!

= Roberto Coradini { bp } =

21//04//2019

BETO bp
Enviado por BETO bp em 21/04/2019
Reeditado em 21/04/2019
Código do texto: T6628654
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