Era uma vez um noivado

Antigamente as pessoas namoravam com certo recato (pelo menos em público) e caso desse certo noivava e depois casavam. Tudo dentro dos costumes da época.

Quando o namoro evoluía e havia um consenso que era algo sério, então o namorado comprava as alianças e todo endomingado e enfatiotado se dirigia à casa do pai da noiva para pedir a mão dela (a mão e o resto do corpo, óbvio) . Era tudo apenas um ritual, tudo já estava acertado e combinado, mas precisava o carimbo do ritual, todo mundo tinha que tomar conhecimento do pedido do noivo ao pai da noiva.

Um sujeito muito sério, trabalhador e tímido demais gostou de uma moça, no sertão de Pernambuco, namorou sério com ela e resolveu noivar. Com a ajuda de alguns amigo, devido à timidez até ensaiou o pedido de noivado. Quando estava preparado foi todo enfatiotado à casa do pai da moa.

Lá chegando, tímido e nervoso, toda família presente, num silêncio danado, ele começou a declamar o pedido. Mas ocara estava tão aflito que em certo momento antes de concluir o pedido, deu um certo branco total e ele nao segurou e poke!,soltou um pum estrepitoso, um peido daqueles bem sonoros. Resultado: todos começaram a rir, alguns até gargalharam. O quase noivo aperreou-se e saiu correndo, encabulado envergonhado, desesperado. Mesmo com a solidariedade dos amigos, deixou o emprego e foi embora da cidade no outro dia. Foi para São Paulo. Nunca mais voltou e sempre evitou falar com pessoas da terrinha. Soube-se que sedeu be no sl e casou,não se sabe se fez o pedido de noivado. O caso é verdadeiro. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 22/09/2019
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