Campanha Eleitoral

Naquela pequena cidade do interior, o sujeito revoltado estava sentado no banquinho do pé sujo da esquina soltando a língua nos políticos, quando de repente chegou um. É claro que tudo parou. Até porque, quem é que consegue falar mais do que um verdadeiro político em campanha. Este por sua vez como que a não desmitificar a fama de falador, começou a soltar o verbo. Era promessa de todo tipo e para todos os gostos.
Mas como é que o senhor vai fazer isso? - Surgiu do nada a pergunta.
Quem perguntou? - Quis saber o político.
Eu. - Acusou-se o sujeito que a pouco metia o pau neles, (os políticos).
É simples, assim que eu me eleger vou fazê-lo meu assessor e você será o responsável direto pelo cumprimento das minhas promessas. - Assegurou o político.
Mas quem garante que o senhor irá cumprir o que acaba de falar. - Fustigou o sujeito.
Ah! Isso você terá que pagar para ver. - Afirmou o político.
Pagar para ver? Mas ainda nem recebi e já terei que pagar? - Reclamou o sujeito.
Correto, mas não vai lhe custar muito, na verdade você só terá que angariar votos a meu favor para que tudo o que foi dito aqui se realize. Fácil, não? - Sorriu o político certo de que havia convencido mais um para sua nobre causa (locupletar-se).
“Afinal não é assim que sempre funciona? Promessas mirabolantes mais ilusão do povo é igual a voto certo.”
O político dando por encerrada sua apresentação despediu-se e foi embora.
- E aí pipoca? ( era o apelido do sujeito em questão) Vai trabalhar para o futuro deputado? - Surgiu a sarcástica pergunta.
- Nem a pau Juvenal! Ele nem disse quanto eu ia ganhar... Como posso me comprometer?

 
Fernando Antonio Pereira
Enviado por Fernando Antonio Pereira em 19/11/2019
Reeditado em 19/11/2019
Código do texto: T6798551
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.