O herói voador

Dona Eugenia, uma senhora de 90 anos, estava conversando com alguns vizinhos no portão de casa, acompanhada do seu genro, quando surgiram quatro marginais anunciando o assalto e obrigando todos a entrar.
Foi aquele "Deus nos acuda", um corre-corre geral, mas o fator idade pesou e Dona Eugenia teve que obedecer a ordem dos bandidos. Já dentro da casa, ela e seus familiares foram amarrados e amordaçados. Os safados começaram a pegar tudo que viam pela frente.
Louro Goia, o falante papagaio de estimação de dona Eugênia, começou a voar pela casa e a berrar qual um louco: "Tropa de Elite osso duro de roer!". Os bandidos não acreditavam no que ouviam.
E o papagaio continuava voando e gritando "Tropa de Elite osso duro de roer!".
Até que um deles, provavelmente o chefe, deu a ordem: "Acabem com esse maldito falador!".
Largaram o que estavam fazendo e começaram a caçada ao voador. Pula daqui, pula de lá, depois de algum tempo perdido conseguiram pegar o papagaio, que ainda assim mais uma vez conseguiu gritar "Tropa de Elite osso duro de roer!".
- O que fazemos agora, chefe? - perguntou o que estava com o pássaro na mão.
- Pisa nele, idiota! Mata esse maldito!
Os quatro pisotearam o papagaio várias vezes, até terem certeza de que ele estava morto. Entretanto essa perda de tempo foi mortal para eles também, pois os vizinhos que fugiram chamaram a polícia, que chegou e prendeu todos eles ainda dentro da casa.
Louro Goia foi sepultado no cemitério dos animais com honras e glórias da vizinhança.
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A Grande Surpresa
 
Fernando Antonio Pereira
Enviado por Fernando Antonio Pereira em 20/11/2019
Código do texto: T6799402
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