Conserto do telhado

ERA um sujeito muito respeitado, calado, avesso às discussões e que tinha repulsa total à polícia do PSD. Não cumprimentava policial e não era incomodado por eles. Estes o respeitavam poque sabiam do seu passado: na juventude fora da volante que perseguiu Lampião. Não era de brincadeira. Possuía uma mercearia, na verdade uma pequena venda com uma freguesia limitada. Era também antissocial: apenas visitava os familiares nas quatro festas do ano.

Uma noite, talvez de madrugada, uns ladrões roubaram a sua bodega, entraram pelo telhado. Quando chegou de manhã constatou a abertura no telhado e a falta de mercadorias, dinheiro não levaram porque não havia. Ficou revoltado, mas não deu parte a polícia. Mesmo assim de repente adentrou no recinto o delegado e alguns meganhas. O sargentão foi logo perguntando:

_ Mestre, roubaram a sua venda?

Puto com a interferência da polícia respondeu:

- Quem lhe deu essa informação? Não ninguém roubou minha venda, estou mandando consertar o telhado. Agora suma para não atrapalhar o serviços.

O sargento e os meganhas saíram com o rabo entre as pernas. putos da vida. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 01/02/2020
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