A Dança

Afundei, quando me perdi na doçura do seu olhar: Sentia meus pés não mais tocarem o chão. Juntos encantamos aquele reino, dançamos a valsa de mascaras por toda salão, ouvia aplausos, sorrisos e estampada no rosto daquela gente a admiração.

Deixei-me levar pelo glamour e sai da festa guiada pelas suas mãos. De onde estávamos, a orquestra já não era ouvida, e a sós, percebi que a sua pele estava fria, seu olhar pouco se movia, senti-me comovida e quis te aquecer.

Aos poucos o seu corpo me envolvia, em abraços, suspiros que palavras ternas me diziam. Foi quando o seu beijo paralisou a minha alma e tudo escureceu. Desde então eu não mais vi a luz do dia. Só a lua sabe o que passei: fui exilada, julgada, amaldiçoada. Não compreendia o lugar deserto, de árvores secas que tanto ali peregrinaria. Vi-me só, escrava da minha história enquanto o tempo parecia maior que a minha sina.

Eu te odiei, perdi-me, vaguei, e depois desaprendi a chorar, suportei o frio que fazia naquele lugar, aprendi a ser mais forte a os meus medos desafiar e agora, após atravessar desertos, descobri onde você está. Não se assuste, terno menino, só vim para dançar.

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JHNETO Nascimento
Enviado por JHNETO Nascimento em 14/11/2007
Código do texto: T736534
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