CACEBA O FILHO ADOTIVO

CACEBA O FILHO ADOTIVO

 

 

Joaquim Albino filho, o caceba como ficou conhecido. Uma autentica copia do pai, geneticamente dizendo. Teve uma infância e juventude num ambiente familiar espelhado pelos bons princípios de moral e ética . Mais tarde se tornou um personagem polêmico. Nascido de um parto complicado cuja mãe muito humilde, uma pessoa dotada de bons princípios não sobreviveu.

Foi adotado por meus avós e criado com o mesmo carinho e os mimos que tiveram meu pai e tios. Recebendo os mesmos cuidados e com as mesmas oportunidades de seus irmãos de criação, sendo ele, além de filho adotivo, sobrinho de minha avó. Cresceu sabendo de sua história. Uma criança normal criado sem nenhum trauma e sem discriminação. Com apenas cinco anos de idade, ele aprendeu a imitar os pequenos animais com uma perfeição incrível nasceu com esse dom.

Meu tio Iraci chamado carinhosamente por (cici) era o responsável pelo grande numero de porcos criados na fazenda, época que a criação e engorda de suínos era o carro forte, o suporte financeiro do produtor rural. Meu avô possuía uma pocilga com um numero bem significativo de porcas criadeiras. Tio Cici as cuidava com muito zelo e empenho, acontecia de alguma de suas crias recém nascidas, entalar nas cercas tentado escapar do chiqueiro. Era um Deus nos acuda com a algazarra das matrizes provocada por este fato.

Algo muito estranho começou a acontecer justamente no horário do almoço do tio Cici. Ao colocar o prato na mesa para fazer sua refeição, um leitão começava a gritar engastalhado na cerca. As porcas aprontaram aquele alvoroço, o tio correu para socorrer não encontrava nada de errado. Assim que voltava à mesa, a mesma gritaria do porquinho, uma duas três vezes seguidas. Ele ficava pê da vida voltava ao chiqueiro, mas tudo normal. Era pegar o prato a cena repetia. Vez e outra, em dias alternados aconteciam esta cena. Até que certo dia vovô intrigado com o fato, se escondeu atrás de uma laranjeira nas proximidades do chiqueiro e descobriu o Joaquim por trás da parede da varanda próximo ao chiqueiro, de olhinhos arregalados imitando o leitãozinho entalado na cerca. Assim descobriram o mistério.

Ficaram admirados ao descobrir seu talento, imitando também os gatos, as aves, os cães e demais animais da fazenda . Ele os imitava com perfeição.

Teve sua adolescência e juventude recebendo a mesma educação, no aconchego familiar, de seus primos e irmãos de criação. Muito trabalhador, teve o apoio de todos. Cultivou diversas lavouras com ajuda do vovô, a quem chamava de pai, mas tudo que conseguia perdia em seus negócios mal feitos. Nunca foi capaz de administrar seus ganhos. Já homem maduro além de explorado por alguns colegas, influenciado por os maus companheiros se tornou alcoólatra. Em fim se tornou numa vitima do vicio. com seu comportamento insuportável. Perdeu a noção do perigo avançando sobre os veículos em movimento, morreu atropelado ao atravessar a BR. Próximo a sua casa. Foi triste e nos deixou um profundo sentimento de pezar.

 

 

 

 

OBS(:Iimagen Googlo)

 

 

 

 

 

 

 

Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 24/01/2022
Reeditado em 24/01/2022
Código do texto: T7436115
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