A cara de pau do perna de pau...

Tempos atrás, no açougue encontrei o Juvenal “perna de pau”. Esse apelido ganhou numa pelada! Jogava mal! Todo sorridente, desfilando com sua nova princesa, que por sinal, era uma beleza! Não entendi muito bem ao ver aquela beldade com Juvenal, velho de guerra, já parecido com seu ancestral! Mas, antigamente beleza não se punha mesa, hoje em dia se come na pia. Tentei jogar uma conversa fora com o perna de pau, mas ele estava mais ligado no pau do que em nossa conversa formal. Mesmo assim insisti, não resisti! Perguntei a ele qual foi a estratégia dessa proeza e de onde era aquela Teresa? Respondeu-me com um sorriso maroto! É isso aí garoto! Coloquei as pernas no lugar e resolvi namorar. Peguei minhas economias, despachei minhas tias, reformei o ap. comprei um cupê, sai pra noitada e arrumei uma namorada. – E posso saber quanto custou essa sua faceta? – O preço normal de uma boa... “ Nem vou rimar porque alguém pode reclamar!” – Juvenal! E quando o dinheiro acabar? – Isso vai demorar! Sei me controlar. Pago por mês sou freguês e ainda posso trocar! Nesse meio tempo vem saindo da farmácia a Teresa, que trazia nas mãos um remedinho! Ele meio inibido, no mínimo estava cuidando de sua libido, viu que eu tinha percebido, inventou uma dor de estômago e por isso o comprimido! Deixei-o à vontade junto com sua beldade, mas, ela esperta com um olhar meio de lado, me fez sinal para que eu ficasse calado. Despedi e meu caminho segui. Alguns meses depois, encontrei Juvenal na estação de trem, que prontamente me convidou prá conhecer seu harém!

Como bom estrategista transformou Teresa em massagista. A clientela aumentou, uma casa de massagem ele montou. Na cara de pau, o Juvenal me apresentou como freguês e ainda me disse que poderia pagar por mês!

É mole?

Vincent Benedicto
Enviado por Vincent Benedicto em 24/11/2005
Reeditado em 24/11/2005
Código do texto: T75541