Ela morava em uma cidade pequena do interior, rodeada por matutos e músicas sem definição e de uma cultura sem brilho. As pessoas que ali moravam eram silenciosamente irritantes de olhares frios e aparência queimada ou curtida de sol. Algumas pessoas eram o oposto. Efusivas por serem formadores de opiniões expandindo caos muitas vezes. De repente começa a haver rumores, de que ela mata gatinhos para fazer rituais de magia negra.

 

A maioria dos moradores antigos que se diziam muito religiosos, porém, não praticavam o amor que a religião pregava.

 

Um dia bateram na porta dela, e achando estranho pela hora da visita que nunca recebia, abriu a porta desconfiada. Ela foi fuzilada por olhares maldosos que a olhavam de baixo para cima, talvez seu vestidinho preto soltinho - neste dia ela estava toda de preto, vestimentas que aquelas pessoas achavam bizarro. Alguns espionaram sua casa e as expressões de espanto foram até divertida, sua casa era cheia debvelas vermelhas, coisas que aquelas pessoas achavam do mal.

 

“Não me machuque, por favor!” Gritava enquanto eles a agarravam e a puxavam para fora de casa. - Rasgaram suas roupas expondo sua pele lindamente tatuada, amarraram uma corda em seus braços e pernas. Pretendiam colocá-la dentro de uma caixa de madeira, e em seguida queimá-la ao ar livre.

 

Ela pedia socorro. Olhava para o céu e clamava misericórdia... Tomada pelo medo e cansaço de se debater tentando meios de se livrar das amarras, ela grita: - “Por favor cuide das crianças, cuidem delas!”

 

Sua voz rouca de desespero e já sabendo que iria morrer, pedia por crianças... mas que crianças eram essas?

 

Uma das pessoas que invadiu sua casa, descobriu que ela mantinha vários gatinhos, cuidava deles e as chamavam de suas crianças. Ela resgata aqueles doentes ou aqueles que as seguia... E ainda, havia aqueles que algumas criancas deixavam em caixotes na sua porta. Ela amava cada um e curava eles e se curava pelo cuidado.

 

Mesmo clamando, machucada, sangrando o povo a levou para a colina dentro da floresta - A colocaram dentro da caixa, de repente uma mulher ruiva com uma tocha na mão se aproxima da caixa e a olha nos olhos e aos gritos diz: ”Essa mulher pecaminosa manchou nossa sociedade, pelas roupas que usa, pelos seus costumes e pelos seus rituais macabros!" Devemos punir-la!

 

A mulher ruiva falava e todos a sua volta pareciam em transe... E de repente ela completa - Me deixe um tempo sozinha com ela! Ela precisa se confessar!.

 

E então, toda a multidão se vira e se dispersa. Um tempo depois, a população volta e a ruiva coloca fogo na caixa.

 

Houve euforia! Algumas pessoas, sorriam... outras cantavam... outras orava e nitidamente todos estavam feliz. Virou festa em plena lua cheia.

 

A mulher ruiva que todos respeitavam, sai dali em uma caminhonete velha cheia de barris, após chegar na fronteira do condad, a ruiva vai até os barris e destampa um deles e diz para ela ficar tranquila e dá um jeito dos gatinhos não fazer barulho para não chamar atenção. E completa. - “Estamos quase chegando na cidade grande, lá você poderá ser livre!” Diz a ruiva, a mulher que todos achavam ter sido queimada, indaga: - “Por que me ajudou?” A ruiva responde: - “Porque você curou o marlon, o meu gatinho!"

 

Fim.

 

Moral:

“Ninguém viveu minha vida. Ninguém chorou minhas lágrimas. Mas mesmo assim me chamam de uma coisa que não sou, e me condenam por atos que nunca fiz. Não posso chamar isso de outra coisa a não ser preconceito, mas quem me conhece sabe… Que realmente sou!"

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 17/05/2023
Código do texto: T7790733
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