A conversa

O conto que quero te contar agora é uma realidade que aconteceu, pode-se passar como uma mentira, todavia é uma realidade. Acredite ocorreu...

Estava eu a tomar o café nosso de cada dia, em uma repartição qualquer, como outro servidor público em algum lugar por aí, no terceiro andar de um prédio, antigo. Quando olhei pela janela o causo que te contarei a seguir.

Ao tomar o meu cafezinho olhei um senhor que acabara de pegar remédios em uma farmácia. Uma farmácia pública do governo. Ao lado de sua moto, em um canto quase imperceptível, fazendo coisas do seu cotidiano, ligaria certamente a sua moto, ao lado, ligaria e iria embora. Normal. Mas algo chamou a minha atenção.

Parecia gesticular, de modo bem entusiasmado. Eu? Comecei a observar aquilo bem preocupado.

" O moço toma remédio controlado, acabou a sua medicação, veio buscar nova medicação, não deu tempo, e um surto se dava na minha frente!"

Chamei outros colegas para ver, de longe, escondidos atrás de vidros fumês, o rapaz. E acredite! Todos com a mesma opinião.

Eu, todo preocupado com a situação, fui lá embaixo emitir a minha opinião.

Simples: Iria à farmácia averiguar o nome do dito e entender qual medicação tomava o homem e o posto que atendia e pedir ajuda para que alguém viesse buscar.

Quando fui à farmácia, o meu angulo de visão mudou, a farmacêutica também observava e disse:

- Não sei do que se trata, mas penso: -Ele está fazendo uma videochamada, a alguém que pode ser surda e muda, e tantas gesticulações são o meio que ele encontra para se comunicar.

E foi bem isto mesmo que ocorreu. O homem, pleno, desliga o celular que estava entre o pneu da moto. Liga a sua moto e vai seguir sua vida.

Revisado:

O conto que vou te contar agora é baseado em uma situação real, que pode parecer uma mentira, mas aconteceu de fato. Acredite se quiser...

Estava eu tomando meu café diário em uma repartição qualquer, como um servidor público em algum lugar por aí, no terceiro andar de um antigo prédio. Ao olhar pela janela, presenciei algo inusitado.

Um senhor havia acabado de pegar remédios em uma farmácia pública do governo. Ao lado de sua moto, ele realizava gestos entusiasmados, chamando minha atenção e me deixando preocupado.

Chamei meus colegas para observar discretamente de longe, escondidos atrás de vidros fumês. Todos compartilharam da minha preocupação.

Decidi descer até a farmácia para descobrir o nome do homem e qual medicamento ele tomava, a fim de buscar ajuda para que alguém viesse buscá-lo.

Ao chegar na farmácia, minha perspectiva mudou. A farmacêutica também estava observando e me disse:

"Não sei ao certo do que se trata, mas acredito que ele esteja fazendo uma videochamada com alguém que possa ser surdo-mudo. Suas gesticulações são a forma que ele encontrou para se comunicar."

E foi exatamente isso que aconteceu. O homem desligou o celular que estava entre os pneus da moto, ligou o veículo e seguiu sua vida normalmente.

Waldryano
Enviado por Waldryano em 27/10/2023
Reeditado em 27/10/2023
Código do texto: T7918095
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