CONVERSA DE PREGUIÇOSOS

Num dia do passado, um grupo de homens, entre velhos, adultos e jovens, conversava à sombra de um juazeiro, enquanto o magarefe do lugar, com a ajuda do seu filho adulto, esfolava e preparava uma rês abatida para a venda da carne, ali mesmo embaixo daquela frondosa árvore. Era costume de aquele açougueiro abater bois ali naquele local, nas tardes de sexta-feira.

Entre tantas conversas daquele grupo de homens conhecidos e parentes que ali esperava para comprar carne, um deles, olhando para uma grande roça de plantação de arroz já no ponto de colheita, saiu com essa anedota:

“Se me dessem todo aquela safra de arroz daquela roça ali, para eu mesmo colher só para mim, juro como eu não queria!”.

De repente um outro, ali completou de forma também hilária:

“E eu estou com preguiça até de estar sentado aqui, nesta sombra!”.

E um senhor que também estava ali, depois de ouvir aquela conversa, assim falou para aqueles dois preguiçosos:

“Vocês me fizeram lembrar de um sujeito que conheci, o qual costumava agir da seguinte forma:

Quando ia para a roça, ele

costumava sempre levar consigo uma foice, para ir quebrando os paus das porteiras por onde ele ia passar, tamanha era a sua preguiça em abri-las.”.

P.S. Esse fato/causo ocorreu na segunda metade da década de 70; e eu, ainda quase criança, estava lá e vi essa engraçada e saudosa cena.

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 07/11/2023
Reeditado em 07/11/2023
Código do texto: T7926754
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