Eu era Criança

Acho que cresci. Deixei a criancice ou a criancice me deixou. Acho que a maturidade invadiu meu universo particular. Sinto uma calma inexplicável, que vem de dentro, do fundo do meu ser. É tanta, e tão grande que causa prazer. Aquele de gozo bom. Indescritível até!

O mais incrível é que não me assusta. Acho que estou sabendo conviver comigo mesma de verdade. Essa qualidade tão esperada finalmente chegou. Digo qualidade – por que quantidade – tenho aos montes.

Minha natureza demasiadamente dramática, intensifica tudo. Sou extremamente enérgica de emoções, entusiasta nas situações, otimista no dia-a-dia, futurista de visão. Coisa de quem é regida pelo fogo e o sol, coisa de leonina com ascendente em sagitário e lua em áries.

Que acaba aumentando tudo ao redor. Principalmente no terreno mental. É tanta energia que me chamam furacão, mente turbinada, pensamento pipoca.

Meu intelecto realmente extrapola o normal. Antes eu sofria com isso. Por várias vezes cheguei a pensar e a dizer que não era desse mundo. Pode isso? Enfim, esses meus instintos e a intuição fortíssima também me ajudam a prosseguir na vida. Por isso, por mais que as coisas sejam difíceis de resolver, sempre penso que algo extraordinário acontecerá para que elas se concretizem. Isso em mim é fantástico. Eu acho!

Vou contar uma passagem minha... Quando criança, fiquei pressa na área de serviço do apartamento em que morávamos no litoral paulista. Minha mãe conta que teve que chamar o corpo de bombeiros para me tirar de lá.

Sabe o trinco da porta? Pois é, fechei por dentro. Imagine a cena. Nossa! Minha mãe fala que passou maior sufoco. Depois de tudo resolvido. Dá única filha, pequenina e indefesa ter sido salva pelos ‘vermelhinhos’. Ela teve que ouvir a bronca pesada do meu pai que ficou fulo ao saber que os bombeiros tinham sido chamados pra me tirar do espaço onde secam as roupas.

Ela diz que ali percebeu que eu seria um ser curioso ao extremo. Hoje eu penso é mesmo! Gosto de descobrir as coisas. Tenho muita habilidade com as mãos e com a mente que impressiona a mim mesma.

Tem momentos que escrevo coisas que até eu fico comovida. E as engenhocas que crio que chamam de artesanato então. Você não têm idéia! E ficam realmente bonitas. Enfeitam minha casa e a minha vida.

Olha eu aqui! Falando de mim, da minha história!

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 17/04/2008
Reeditado em 14/01/2009
Código do texto: T949740