Aquele candidato estava mesmo em maus lençois.Sua campanha não deslanchava,comicios ás moscas,o partido reclamava.Era um deputado do DEM(o) e,desde quando seu partido era Arena,depois PDS,o deputado não tinha sucesso.Para não ficar "duro" de todo,seus colegas,prestimosos lhe arranjaram uma sinecura no governo,mas,a grana era pouca(para êle),seu poder nenhum e deputado sem poder é como vassoura sem pau;não serve prá nada.Vendo a coisa preta,resolveu sair em campo;ia visitar possiveis eleitores,fazia as promessas de praxe,andava de sol a sol igual vendedor de livro,sorria para feias,carregava bebês encatarrados no colo,apertava mãos calosas e suadas,cumprimentava  velhinhas,dançava nos bailes da roça,a poeira subindo,comia buchada de bode,como um certo presidente,nada.Não via progressos.Desesperado foi visitar um rico fazendeiro,ex-adversário,mas,que voltou pro reduto,graças a uma verbazinha maneira via DNOCS,que chegou bem a tempo.Quando o fazendeiro,dono de muitos votos,descobriu quem estava ali a lhe pedir votos,ficou furioso:
O "sêu" dotô me desculpe.Eu sou um home de opinião e não gosto de chalaça, o qui tenho qui dizê,digo é nas fuças.Prefiro votá no capeta,mas,no sinhô,num voto.
E o deputado,sem perder o "aplomb":
-mas,vamos dizer que o nobre colega não se candidate,posso contar com seu voto?
Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 03/05/2008
Código do texto: T972863
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