LÁGRIMAS


Gotas grávidas
concebendo saudades,
vertentes ácidas
em silentes madrugadas.

Cantam livres
notas de agonia,
horas de ansiedades.

Sentimentos tantos
jazem abortados
na solidão do pranto.

Gosto de sal
molhando o corpo,
marcando a face
em desgosto.

Água parada, estagnada,
no fim do poço,
vertendo insensata
por juras desfeitas
e sonhos vazios
que o tempo levou.

Gotas finas de cristal
que afinal, a alma lavou!



04/09/2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 17/10/2009
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