NA PALMA DAS MÃOS



Na palma das minhas mãos há um manuscrito,
um livro indecifrável e suas extensas ramificações...
Será que o diagrama divino ali tão bem descrito
definem quem sou? Ou o que fui às remotas estações?

Mãos humildes que benditas aos céus se erguem
agradecendo as dádivas diárias sempre recebidas,
aflitas, que nas horas de aflição ao Criador pedem
luz intensa para as linhas do tempo não definidas...

Mãos zelosas que em ternura embalam o berço,
sagradas mãos que doutrinam o caminho certo
e em fé, na calada da madrugada desfiam o terço
implorando que um anjo, das crias esteja perto!

Mãos, manancial de emoções, sonhos e poesias,
santas mãos que conhecem o caminho do amor.
Que no suor do deserto perfuram fontes de estesias
e se unem solidárias, nas horas onde habita a dor!

Mãos que desaguam sentimentos num toque suave de carinho,
que cativam... Conscientes cultivam a semeadura constante do coração.
Talvez este M seja de mulher! Por isso guardo você, na palma da minha mão!



05/02/2011