Uma moda de roda.

Ouço uma toada gostosa

Cantiga nordestina na voz melosa.

Caatinga e sertão

Pés e mãos,

Viola a alegrar os corações

Da moçada alvoroçada,

Pedindo um batuque na alma.

Estimulado estou a entrar em uma ciranda

E perde-me de tanto dançar ao embalo de

Uma sanfona com a batida de uma tambora.

Vê se combina sanfona com tambora é

Algo inusitado, mas desse entrelaçar surge

O inesperado surge o pião encantado com

Saltos e rodopios de pura felicidade.

É o que está preste a acontecer

Nesta madrugada enfeitiçada.

A lua é soberana e governa os caminhos

E ímpetos de corações desvairados

A percorrer caminhos e ruelas noturnas

a procura de uma alma gêmea.

Chorando baixinho Abel,

o vampiro da meia noite está a espreita

de um sangue com gosto de mato de sertão

a percorrer suas veias e pulmões.

Instantes esse de pura felicidade e expectativa,

saliva viscosa a percorrer um dos cantos da boca

daquele que te deseja.

marcio rosa
Enviado por marcio rosa em 25/08/2012
Reeditado em 26/08/2012
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