Ciranda da duquesa.

A encrenca está posta.

Como deverei sair pela porta.

O abismo fica à frente

Poderei avistar o poente...

Deito-me e chamo o sono

Que me conforta no silêncio.

Amanhã abrirei a janela bem

Cedo e convidarei a brisa fresca.

Estou de prontidão esperando o

Toque do apito silvestre que não tardará.

A ceia de pronta encontra-se posta.

Os convidados à mesa.

A duquesa diante dos vitrais suntuosos

A espelhar sua beleza.

És a dama que ficou diante da passagem

Suspirando discretamente com a minha chegada.

Sua luva de renda cor de creme ligeiramente rosada

Caiu diante de mim que prontamente me fez abaixar

Para pegá-la.

Nesta fração de segundo o tempo congelou, o meu olhar

Cruzou com o seu e respirando ofegante me perguntei:

O que esta dama deseja desse navegante de mares distantes...

marcio rosa
Enviado por marcio rosa em 03/01/2013
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