"Recolhendo"
Em quietude de corpo e alma, meia volta dou no tempo
Ouço ... leio.... acato teu conselho, e recolho-me!
Viajo aos recônditos mais profundos do meu ser
Vou montando o quebra-cabeças do meu viver
Memória infalível, nada lhe escapou,
Lembranças tão antigas vêm à tona à madrugada.
Respiros e suspiros de um tempo que passou
Legado de uma vida pelos anos sufocada!
Recolho aos poucos algumas quimeras perdidas
Como se pudessem agora serem revividas
Sufoco teimosas lágrimas que brotam insitentes,
Talvez antigas, mas ainda muito quentes!
Recolhendo à madrugada, amanheci com resquícios
Das verdades guardadas e tristezas sentidas.
Já é hora do retorno à realidade da vida!
Serenidade e quietude cuidarão das feridas!
Eliana Braga
Gaivot@
25/03/07
Esse texto é parte integrante da CIRANDA "RECOLHO-ME" , iniciada pelo amigo poeta Ferdinando Fernandes, e hospedada
em: http://www.fersi.de/html/recolho-me1.html