A PRIMEIRA VEZ...

Foi há muito tempo... Numa estação onde
os sonhos dançavam quais borboletas em
manhãs matizadas e as ilusões, eram certezas
de realidade concretizada.
Foi há muito tempo...
Numa época onde o amor era maior
que preconceitos e conceitos
pré-estabelecidos pela hipocrisia da sociedade.
Um verão ardente, onde a paixão consumia
nossos corpos jovens e sedentos,
que não podiam, nem queriam esperar
outra hora para ao amor se entregar!
Não foi planejado, nem por acaso...
Era urgência!
Nossos beijos e abraços não mais satisfaziam
a fome da paixão que ardia por dentro.
Foi puro, delicado e envolvente...
Foi magia, transformação e loucura
a primeira vez onde fui sua,
nossos corpos colados, suados...
Carícias inebriantes e insolentes,
olhares eloqüentes...
Suas digitais em minh’alma tatuada,
marca registrada, nunca apagada...
A noite cobria o dia e ao desejo eu me rendia.
Não uma noite qualquer...
Numa chuva de raios argentados
sob o manto da luz do luar
e estrelas reluzentes a brilhar.
Deitei menina e em seus braços,
acordei mulher!

2005