O SONHO DE VANI

(Um conto real, apenas os nomes foram trocados para preservação de identidades.)
 
Hull de La Fuente)
 Capítulo VII - final
 
parentes foram informados da gravidade do seu estado. O Coronel Ivan foi o primeiro a chegar. Veio direto da Academia de Tênis, “fantasiado” com roupas de tenista, pois todos sabiam que ele não jogava tênis. Vinte dias antes, a garota por quem ele se apaixonara, após um mês na mansão, deu-lhe um sonífero e, junto com um cúmplice, roubou sua casa levando os objetos mais valiosos.
 
No início, o ocorrido não o desanimou. Com certeza ele ainda encontraria uma bela mocinha honesta. Mas agora, olhando a filha no leito de morte, parecia ter tomado consciência de que o amor é belo, de que o amor faz sonhar e, além de roubar, também pode matar. Sua dor era visível. O pobre “coronel Ridículo” chorava como um menino sem seu brinquedo predileto.
 
Marina, abraçada ao cabeleireiro Marquinhos, chorava desconsolada. Isabel despertou do sono forçado de mais de seis horas e correu para o quarto da filha. A presença de toda aquela gente na enfermaria foi a confirmação de que Vani estava morrendo. A agonia da moça terminou às três horas da madrugada.
 
No funeral, os colegas da faculdade e da igreja a homenagearam com cânticos, poesias e flores.

A professora Isabel, diante da impossibilidade de vingar a morte da filha, abriu uma página na Internet, onde relata a história de Vani. No site, aparecem centenas de fotos do casamento e da primeira vez que o espanhol e o pai estiveram no Brasil. As fotos dos dois criminosos foram ampliadas para que todos possam reconhecê-los.

Luciano pediu transferência para a representação da empresa em São Paulo. E nas noites, pode-se encontrá-lo nas salas de bate-papo a procura de namoradas, de novas vítimas.

FIM




Observação: esta é uma história real. Infelizmente a justiça protege os criminosos, eu não pude nem mesmo dizer sua verdadeira nacionalidade. Mas posso denunciar que ele voltou para Brasília, casou com outra moça e ainda teve o displante de enviar convite para a ex-sogra. O "Direito" o protege.
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 11/01/2009
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