História de um par
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Há muitos anos atrás duas pessoas se encontravam para viverem juntas para sempre.
Mas a vida, aquela que prega peça em todos, não os poupou. Anos após veio a separação e caminhos divergentes aconteceram. Cada um para um lado sem estarem preocupados um com o outro.
Águas rolaram, acontecimentos alegres e tristes os vitimaram de alegria e arrependimento.
E, como num passe de mágica, algo estranho aconteceu e, mais uma vez, a vida os pregou uma peça. Agora os dois sós, extremamente sós, deixando para trás cadeiras, costumes, toalhas, perdendo também as escovas de dente, guardadas num mesmo lugar. Agora, com vidas diferentes.
Os anos se passaram e foram suas escolas. Aconteceram transformações. Mudaram hábitos, atitudes, comportamentos. Mudaram tudo.
A vida se incumbiu de os unir num momento especial. E lá estão os dois, agora, diferentes. Tudo muito devagar, pois vivê-la para os dois é sem pressa. A antiga correria transformou-se em prazer de coisas, às vezes, banais. Um belo por do sol; uma caminhada a dois; o cheiro do ar puro do mar. Agora a natureza é uma aliada.
O respeito transformou-se numa grande verdade, pois amadureceram. Conhecem a dor do não e a alegria do sim. Hoje as palavras são ditas com reservas para não se machucarem, pois viveram muitos outros momentos de crise, através das palavras mal formulada. Caíram, levantaram, reergueram e reaprenderam com as teorias e práticas que a vida os ensinou. Agora a questão é ter paciência. Uma paciência diferente, onde o reconhecimento é indispensável. Reconhecer com os erros e acertos. Saberem se entender. Reconstruírem juntos e, de novo, uma vida a dois baseada na maturidade e coerência. É preciso muita paciência para que ela seja transformada em alegria.
Nada será como antes.
Os momentos ruins se foram, mas a felicidade não ficou perdida. Será reconquistada a vontade dos dois, com lealdade, querência, companheirismo e compreensão. Ela acontecerá.
Os dias se ascenderão.
As manhãs cantarão, as tardes e as noites resplandecerão. E tudo acalmará.