A Volúpia dos Anjos

A volúpia dos anjos

Caia à noite e eu sozinho comigo, ficava pensando em meu amor distante de mim. Quando eu trancado em mim, buscava a minha amada em pensamentos para que ela ficasse bem pertinho de mim, vi um vulto brilhoso passar por minha janela, a princípio imaginei que alguém estava jogando alguma luz de lanterna em minha janela, ou algum farol de carro que cruzou com minha janela, mas fiquei curioso com tamanha intensidade da luz que vinha de fora da janela, abri-a e por alguns minutos fiquei meio ofuscado pela luz forte, isso me deixou mais intrigado ainda e fiquei meio receoso de aproximar-me de tal luz que devido a altas horas da noite, aproximadamente umas 02h00 da manhã pensei comigo que poderia ser um assaltante, atraindo-me para fora de casa utilizando-se dessa luz forte para cometer algum tipo de delito, contra mim, minha casa ou familiares, mesmo com essas dúvidas, eu me arrisquei e dirigi-me até essa luz e vi uma silhueta de homem com enormes asas laterais deitado no chão soluçando, pensei comigo, isso deve ser um assalto e que aquilo que eu via todo brilhoso deitado no chão poderia ser um bandido muito perigoso fantasiado de anjo para me fazer mal, mais que depressa corri para dentro de casa e fechei a porta, em seguida fechei a janela tão bruscamente que meu pai acordou e me perguntou que bagunça era aquela que eu estava arrumando a àquelas horas da noite, mas ele só perguntou e caiu no sono novamente. Mas, não me intimidei e me enchi de coragem e dirigi-me até aquele homem brilhoso morrendo de medo e dando passadas bem lentas, caminhando de mansinho. O coração batia rapidamente parecia querer sair pela boca, quando veio da luz uma voz serena e firme, dizendo que não era para eu ter medo que ele era um anjo do céu e que não me faria mal. Custei acreditar no que eu ouvia, ter um anjo chorando no meu quintal.

Com o passar das horas fui ficando mais à vontade com o ser luminoso que dizia ser anjo. Era difícil de acreditar, que eu um pecador teria entre milhões de pessoas o privilégio de ver e conversar com um anjo e para matar a minha curiosidade perguntei-lhe o porquê de suas lágrimas e o seu nome. Respondeu-me que se chama Rafael e que é um anjo mais precisamente um arcanjo do Senhor e que chora por um amor impossível, respondi-lhe que nada é impossível para um anjo de Deus, as coisas são impossíveis para um simples mortal como eu, ele me disse que nada é tão simples ou descomplicado assim como eu penso e que ele ama uma adolescente de dezesseis anos de idade e por esta pouca idade dela fica impossível dele a desejar para o seu coração. Fiquei mais admirado ainda, quando ele se declarou apaixonado por um ser humano, eu já mais poderia imaginar que um anjo pudesse gostar ou até se enamorar por uma mulher mortal. Perguntei ao anjo se eu conhecia essa adolescente e qual era o seu nome, ele me respondeu que eu a conhecia muito bem e que esta garota é minha vizinha e o seu nome é Maria Silvia. Fiquei espantado dessa minha vizinha ser a felizarda de despertar o amor de um anjo, ela é tão recatada, não sai de casa, não vai a um baile, mal se escuta a sua voz em sua casa, mas o anjo Rafael me interpelou e me disse que a sua identificação com ela foi por esse motivo, já que os seus procedimentos e modos de agir são semelhantes à de um anjo e o seu rostinho angelical com aqueles longos cabelos dourados reflete a luz do nosso Senhor. Fiquei imaginando como seria o relacionamento amoroso de um anjo com uma garota mortal, como engraçado seriam eles trocando afagos entre eles e como aconteceria o pecado da carne.

Perguntei ao arcanjo Rafael se Maria Sílvia sabia desse seu interesse amoroso por ela, ele me disse que ainda não e que o anjo Micaela não aprovava esse meu interesse por essa minha escolhida por ela ser menor de idade e eu já ter milhões de anos luz de idade e o anjo Micaela achava que eu iria ceifar a sua infância, afastando-a do convívio de sua família, amigos e a atribuiria responsabilidades que ainda não seriam a hora dela tê-los, que seria muito cruel para uma menina que estava se mostrando ainda para a vida ter de se confrontar com esses tipos ou tamanhas mudanças que poderiam ser positivos ou negativos num futuro próximo ou distante, dependendo das dificuldades que ela encontraria.

Micaela não se importava tanto assim com a diferença de idade, para ela o que importa é o amor. O importante naquele momento seriam as privações que poderiam advir desse nosso relacionamento por ela ser ainda uma “criança”. Mais ainda por eu ser um arcanjo e desejar assim tão jovem mulher de dezesseis anos. Eu mesmo não via tanta razão assim de não poder amar e ser amado por Maria Sílvia, o que estava havendo por parte do anjo Micaela parecia ser um certo preconceito, o qual seria inaceitável, vindo de um anjo que deveria estar despido de qualquer tipo de valores que dificultam a harmonia entre os seres.

Às noites caem e eu sozinho comigo, fico pensando em Maria Sílvia distante de mim, me tranquei em tantas noites, tentando buscá-la ao menos em sonhos, em tantas noites me tranquei pra não perdê-la do pensamento, me sinto tão só com tanta gente ao meu redor, sei que falta alguma em minha vida, falta você Maria Sílvia.

Não vejo a hora de me declarar para Maria Sílvia, esse meu sentimento está me corroendo, está me queimando, estou em chamas, meu corpo padece, reclama por esse amor, brigo comigo mesmo, me chamo de bobo por escutar os outros e não a mim mesmo. Eu quero perder minha razão, vou escutar meu coração pra ser feliz, não temer em amar, quero temer por não conseguir o seu amor. Quero ser posto em uma fogueira, queimar em fogo alto, deixar-me ser consumido por esse animal selvagem, que não tenha dó nem pena de mim, que me estraça-lhe, me deixe em frangalhos, se quiser até mórbido por esse ser que se chama amor.

Mas, eu tenho um problema em como eu vou me aproximar de Maria Sílvia. Pedi opinião a anjo Luminela se ela não teria um jeito de fazer eu me aproximar de Maria Sílvia, nós passamos dias e noites pensando em um meio, um jeito simples em como ser percebido por Maria Sílvia, até que sem querer Luminela passa em frente a uma banca de jornal e ver um panfleto colado na banca onde um colégio precisava de professor de religião, o nome do colégio é Santos Anjos e agora só precisávamos saber se Maria Sílvia estudava nesse colégio, eu e Luminela passamos a seguir Maria Sílvia quando ela saía de manhã em direção ao colégio, quando para nossa felicidade ela entrou no colégio do anúncio, fiquei explodindo de alegria, agora tudo dependia de mim. Arrumei-me todo, preparei um bom currículo e fui até ao colégio me candidatar à vaga de professor de religião, mas na minha frente tinha mais ou menos uns cem candidatos disputando a mesma vaga e eu vi que eu ia precisar de uma ajuda do nosso Senhor e fiz uma oração solicitando a sua ajuda, já que a causa era nobre, era em nome do amor. Após horas na fila chegou a minha vez de ser entrevistado pelo o diretor do colégio Santos Anjos. Ao entrar na sala ele mandou-me ficar calmo e que eu me assentasse e em seguida começou a me sabatinar, teve um momento da entrevista que o diretor me disse que eu falava de um tal jeito de Deus que parecia que convivia no dia a dia com o mesmo. Respondi-lhe que eu sou um apaixonado por Deus e deixo fluir essa paixão na minha fala. O diretor pediu que todos os candidatos aguardassem um pouco após os encerramentos das entrevistas, porque daria o resultado logo após, uma vez que a necessidade de preencher o quadro de professor de religião era muito urgente. Finalmente, veio o resultado e com a ajudinha de Deus eu era o mais novo professor de religião do colégio Santos Anjos.

Hoje, era o meu primeiro dia de aula e justamente a minha primeira aula coincidia com o horário de entrada dos alunos que era às 07h00 da manhã. Eu marinheiro de primeira viagem cheguei ao colégio 02h00 antes, bem dizendo madruguei no portão do colégio, haja vista que o portão só foi aberto por volta das 06h15 minutos. O senhor Henrique, porteiro do colégio ficou surpreso comigo, pois tinha visto eu madrugar na porta do colégio, já que ele mora num cômodo cedido pelo o colégio para que ele ao mesmo tempo em que morasse naquele lugar daria segurança ao local. Segundo ele ficou com pena de me ver ali em frente ao portão, mas ele tem ordem expressas da diretoria para não abrir o portão nem para aluno nem para professor adentrarem ao colégio antes da 06h15, eu lhe respondi que eu entendia e que ele não precisava se preocupar, porque eu não fiquei chateado por causa disso, mal sabia ele que eu era um anjo a conquista do meu amor.

Aproximava-se a hora dos alunos assistirem a primeira aula que era às 07h00 e eu sabia através do quadro de horário de aula que a primeira aula de Maria Sílvia seria de religião e coincidentemente comigo, eu já esta nervoso e muito ansioso pela a chegada de Sílvia, quando de repente eu escuto do lado de fora da sala a voz de Sílvia, quando escutei a sua voz ao longe/ coração disparou/ quase morreu / mal consegui sair do lugar/ tamanha emoção por ela/ meus olhos/ se viram presos em seus olhos/ doce prisão/ quando escutei a sua voz ao longe/ coração disparou/ quase morreu/ quando me dei por mim/ minha boca tremia/ minhas mãos suavam/ quis te chamar/ não consegui.

Finalmente, Sílvia entrou na sala de aula e sentou-se na primeira carteira, eu sentado na mesa do professor a olhava fixamente e ela incomodada desviava o seu olhar de mim, eu a deixei constrangida com a àquela forma de a olhar, eu não sei o que deu em mim, eu sei que eu viajei naquele olhar, eu saí desse mundo, a tranquei no meu céu, me senti tão feliz. Enquanto eu a olhava, eu pensei em fazer chover com as letras do seu nome, espalhando mundo a fora a minha felicidade, quando ali eu a olhava, eu saí desse mundo a tranquei no meu céu e senti tanta felicidade. Agora, toda vez que eu olhar para o céu, suas pegadas vou ver, as estrelas me levarão até seu coração.

Os dias foram passando e a amizade entre mim e Sílvia ia só crescendo, eu fazia tudo para que a minha última aula no colégio coincidisse com a de Sílvia e assim eu a acompanhava até em casa mediante uma desculpa esfarrapada, eu justificava que minha casa ficava no caminho da dela e ela sempre me perguntava onde ficava minha casa e eu não tinha uma moradia fixa nesse mundo mortal. Fui me aconselhar com o arcanjo Gabriel como eu poderia resolver esse pequeno contratempo, e ele me deu a idéia já que eu estava recebendo salário para dar aulas no colégio, seria fácil para eu alugar uma casa e desse modo Sílvia em caso de dúvidas sobre a matéria poderia ir até a sua casa para sanar aquilo que ela não entendia durante as aulas no colégio, o que poderia fazer com que ela durante as explicações, despertasse nela algum interesse por ele. Gabriel que é o anjo mais próximo de Deus estava coberto de razão, porque foi através dessas aulas tirando dúvidas de Sílvia é que ocorreu o nosso primeiro beijo, quando senti aqueles lábios tocando os meus foi como um choque entre dois planetas, advindo uma explosão que deixou enlouquecido meu coração, e naquele beijo eu prometi pra ela a minha vida, disse que sem ela eu morreria e que ela era o meu mundo, o meu mundo de felicidade, naquele momento eu abri o meu peito e lhe dei de bandeja o meu coração e lhe disse que eu iria fazer das tripas coração para tê-la perto de mim. A partir daquele beijo o meu mundo já não era mais o mesmo. Com o passar dos dias começamos a ficarmos mais íntimos no relacionamento, nós trocávamos confidências, as carícias eram mais constantes, ela me escrevia cartinhas de amor como essa: você me tomou de mim, me deixou sem chão e sem lugar, fez de mim em felicidade, te amo; assinado: Sílvia. Eu lhe respondia desse jeito; minha oração é o teu nome/ que eu carrego pra onde vou/ a todo o momento oro baixinho/ com o teu nome em meu coração/ teus meigos olhos são o meu terço/ o teu sorriso/ é a minha redenção/ quando teus braços se abrem para mim/ é como se fossem/ uma porta para o céu.

O dia amanheceu ensolarado e eu liguei para casa de Sílvia para convidá-la para darmos um passeio e quem atendeu ao telefone foi o seu pai de nome Alexandre e ele me disse que estava sabendo que eu esta namorando a sua filha e que precisava ter uma conversa comigo que apesar dele ter quarenta e dois anos de idade e ser uma pessoa mais aberta para certas coisas, mesmo assim ele queria dialogar comigo, pois sentia nas palavras de Maria Sílvia ao falar de mim para a família que ela estava amando-me de demais e temia que eu apenas brincava com os sentimentos dela e que queria zelar para que ela não sofresse tanto por ventura esse amor acabar, pois ele era homem, agora pai e infelizmente já brincou com sentimentos de algumas mulheres e não queria que sua filha sentisse agora arrependido as desilusões e sofrimentos que ele levou para algumas mulheres. Nisso Sílvia aparece e o seu Alexandre lhe passa o telefone e eu a convidei para sairmos, ela aceitou e eu lhe disse que a pegaria em sua residência por volta das 09h00 e que aproveitaria para conversar com seu pai a nosso respeito. Ao pegar Sílvia em casa o seu Alexandre já estava me esperando e eu nem deixei que ele falasse nada, fui logo me adiantando ao assunto e falando o que eu sentia por Sílvia era muito sério e uma coisa para eternidade, seu Alexandre foi todo sorriso e me disse para que eu não fosse tão dramático, mal sabia ele porque eu disse aquilo, se eu naquele momento lhe falasse que eu era um anjo, tenho certeza que ele me acharia um louco e exigiria que Sílvia terminasse o namoro comigo. Após a conversa com o pai de Sílvia, comentei com ela que seu pai parecia ter gostado muito de mim, eu a levei para passearmos num museu que tem um belo campo florido e várias árvores. E foi sobre a sombra de uma delas que eu tive certeza que ela gostava de mim e assim eu resolvi falar para Maria Sílvia que eu era um anjo. Ela cai em risos, me chama de maluco e me perguntava que brincadeira era aquela, e que ela me amava daquele meu jeito e que eu não precisava usar desses artifícios para chamar sua atenção. Eu não quis me transformar naquele momento para ela em anjo, eu queria demonstrar esse meu lado aos pouquinhos, pois temia uma reação mais radical de Sílvia, como por exemplo: ela ter um acesso de religiosidade e em virtude disso se afastar de mim por achar que estaria cometendo algum pecado ou ela de não ser digna de mim, mas aos poucos eu fui falando para Maria Sílvia algumas curiosidades de anjos. Apesar de ela rir, eu falei para ela que eu era um arcanjo, digamos que os anjos se dividem em exército e que esses exércitos possuam seus comandantes. Esses comandantes são, pois, os arcanjos. Eles estarão sempre presentes onde houver mais de uma pessoa reunida, com o propósito de realizar mudanças, novas idéias e transformações. Nós somos poderosas energias, pelas quais os seres humanos estão todos rezando, somos seres de profundo conhecimento a respeito das transformações planetárias, trazemos informações sobre cura, ciência, sociedades e paz. Nós arcanjos comandamos a morada do Pai. Recebemos de São Tomás de Aquino o nome de Coros, assim nos classificou em hierarquias. Somos regentes planetários, cada um na sua função específica, sempre trabalhando em perfeita harmonia e igualdade. Somos dotados de poder de decisão, compreendemos as fatalidades como conseqüências, provocadas pelo o próprio homem. Recebemos os relatórios angelicais sob o progresso dos seres humanos, para comunicarmos aos tecedores da malha Karmica, cujo propósito é saber se o homem já se encontra apto a cumprir os desígnos divinos. O maior objetivo dos Arcanjos é concretizar a vontade de Deus Pai, promovendo a paz entre os homens e os Arcanjos mais conhecidos são: São Miguel Arcanjo ou Mikael representa o príncipe celestial, ainda que na hierarquia celeste os arcanjos figurem como última esfera, antes dos anjos. Seu nome significa “Semelhante a Deus”, aquele que é Deus. Miguel ou Mikael desafia os seres humanos com intenções maléficas ou negativas a transformar suas energias em canais divinos, positivos e superiores. É ele quem envia os impulsos para que abram suas mentes para as novas formas de pensar. Atua com bondade, misericórdia, sendo a luz divina da coragem, da ousadia e da inspiração. Arcanjo Gabriel em suas aparições bíblicas, Gabriel é o mensageiro de Deus, e de suas boas notícias. Entre, a mais importante, foi a comunicação à virgem Maria, sobre o nascimento de Jesus. Arcanjo Uriel, seu nome vem do hebraico, significando FOGO DE DEUS. É um anjo profético, dando aos humanos idéias transformadoras visando à realização de objetivos. Os anjos sob a orientação de Uriel são alquimistas, capazes de transformar os desencorajados e fracos trazendo-os de volta ao caminho do amor. Agora, sou eu Arcanjo Rafael, que significa curar, e EL, que significa Deus. Sou chefe dos anjos da guarda, o anjo da Providência que vela por toda a humanidade. Meu nome significa deus curou ou curador divino. Sou também o guardião dos talentos criativos que trazem toda a beleza a terra. Estou encarregado de curar a terra e, através de mim, a terra proporciona um abrigo para os seres humanos. Sou pleno de misericórdia, dirijo meus raios espirituais para os hospitais, instituições e lares onde esses raios curativos são necessários. Meu símbolo é uma espada ou uma seta, e trago um frasco de bálsamo, em ouro. Minha energia é transformadora, ela cura a alma do desespero e da depressão, preenchendo o espaço com amor próprio e virtudes. Cuido especialmente dos peregrinos, não só os viajantes, mas também aqueles em peregrinação rumo a Deus. Maria Sílvia perguntou-me qual seria a função dos anjos, respondi-lhe que temos várias categorias angelicais como a dos Serafins que são os anjos mais próximos de Deus. São os mais sábios e responsáveis, possuem seis asas. A categoria angelical dos Querubins é o princípio do conhecimento e guardiões da originalidade. As pessoas da qualidade Querubins são extremamente emotivas (choram por qualquer coisa). Os Querubins são os guardiões da luz e das estrelas. Não confundir com os Querubins crianças. A categoria angelical Tronos inspira os homens à arte e à beleza. Anjos da qualidade Dominações auxiliam nas emergências ou conflitos que devem ser resolvidos imediatamente. Anjos da categoria Potências protegem a procriação das mais diferentes espécies vivas do Universo. Anjos da categoria angelical Virtudes cuja atribuição é orientar a respeito da sua missão e cumprimento do Karma. Categoria Principados: essa categoria é responsável pelos estados, países e reinos. Protege também o reino mineral, a fauna e a flora. Categoria angelical Anjos da qual Deus mais se utiliza para fazer milagres, fazendo com que a humanidade evolua, através de experimentos e experiências de vida. Seu príncipe é o arcanjo Gabriel que é o transmissor de boas novas e um promotor de mudanças. Foi o anjo de Maomé e o inspirador de Joana D’Arc. Gabriel preside o paraíso e senta-se ao lado esquerdo de Deus. Seu momento é o final da tarde e ele é apresentado pelo o som de trombetas, simbolizando a voz de Deus. As pessoas cujos anjos fazem parte desta categoria são emotivas, atentas, possui flexibilidades, compreensão e sempre encontram soluções para os problemas. São camaleões. Tendem a fugir de qualquer situação onde haja cobrança, principalmente familiar ou sentimental. Gostam de ficar em silêncio e o mistério é sua grande arma de fascínio. Finalmente, os Arcanjos: é nome dado à categoria angelical que é responsável pela transmissão de mensagens importantes. Seu príncipe é o arcanjo Mikael.

Eu senti em Sílvia que ela ficou admirada com as informações que eu lhe passei, mas ela me disse que eu era um bom conhecedor de religião e que eu estava de parabéns pela a minha brilhante explicação. Os dias foram passando e o relacionamento e modo de me tratar por parte de Sílvia foram se esquentando. Sílvia me provocava mais ardentemente em suas carícias, suas mãos corriam por partes do meu corpo que me deixavam com uma sensação gostosa e ao mesmo tempo pecaminosa. Cheguei a brigar comigo mesmo por não deixar florescer esse sentimento que do jeito que Sílvia fazia comigo demonstrava ser tão bonito, mas a minha condição de arcanjo me prendia, segurava-me em práticas mais ousadas nesse relacionamento a dois, eu sentia em mim algo explodindo, minha pele transpirava, meu corpo parecia lenha queimando e aquela sua boca que parecia querer engolir a minha, me fazia sentir tudo de bom que há nesse universo. Depois que eu deixei Sílvia em casa, eu ia para a minha e ficava pensando a onde estava o erro ou o pecado entre duas pessoas de se entregarem intensamente, eu me questionava caso isso acontecesse a quem se faria tanto mal ou a quem estaria prejudicando. Durante esses meus conflitos me aparece o meu amigo arcanjo Miguel, ele disse que caso eu me entregasse a essas tentações, eu me tornaria em um mortal, deixando de ser arcanjo e com isso muitos seres no universo perderiam com essa decisão, uma vez que eu sou o seu anjo da guarda o que traria um desequilíbrio muito grande para o universo. Miguel me perguntou se valeria à pena de deixar de ser um anjo de Deus por um amor carnal o que o tornaria em mortal. Eu estava tanto envolvido com Maria Sílvia que eu preferi o silêncio a dar uma resposta naquele momento. Eu tenho dentro de mim Deus em primeiro lugar, eu jamais o trairia, algo de estranho em mim me deixou sem raciocínio, me deixou confuso, era como se tivesse que escolher entre Deus e um prazer que leva a felicidade, mas com Deus eu tenho esse prazer e a felicidade, mas é diferente. Eu às vezes me punia por essa indecisão. Deus tem que vir em primeiro lugar sobre todas as coisas, eu tinha era que conciliar esse meu desejo por Sílvia pelo o meu amor a Deus por tudo que Ele faz de bem e de bom a todos.

A cada encontro Sílvia tenta se aprofundar nas carícias, eu fico colocando limites, até que em um dado momento ela se irrita comigo e me pergunta se sou homossexual. Eu lhe falo que essas intimidades são boas só depois do casamento, ela não fica muito satisfeita comigo, mas eu preciso arrumar um jeito de falar-lhe o que o arcanjo Miguel me disse. Parece que no que eu coloquei limites, despertou mais o interesse de Sílvia em querer algo ainda mais íntimo, ela ficava a todo tempo me provocando com carícias quase irresistíveis, mas a minha fé se sobre punha a isso. O cerco por parte de Sílvia foi só aumentando e eu me vi forçado a ratificar o que eu lhe disse antes que eu era um anjo, mas agora eu fui mais além, me transformei em anjo diante de Sílvia, ela cai em gargalhadas. Sílvia me fala que eu sou um grande ilusionista e chega a soluçar de tanto rir. Entre risos e ironias de Sílvia fiquei meio constrangido por eu estar falando a verdade para ela, mas é compreensível a sua reação, mas aos poucos fui falando para Sílvia o porquê deu não aprofundar nas carícias. Eu ali diante de Sílvia transformado em anjo com uma luz forte irradiando foi atraindo pessoas e eu tive que voltar ao homem. Sílvia aos poucos foi ficando séria e chegando a razão, ela me disse que se sentia a virgem Maria, sendo escolhida entre tantas para ser um instrumento para engrandecer a obra de Deus. Ao mesmo tempo em que Sílvia parecia racional ela se tornava irracional, ela se achava louca e que estava tendo alucinações e me perguntava como que eu cheguei até ela entre milhões e milhões de mulheres, como isso poderia ser possível. Respondi-lhe que ela mesma já tinha respondido esse seu questionamento quando se comparou com virgem Maria, eu comecei a te notar quando você ajudava seu próximo com palavras seguras de fé, confiança, compreensão, escutando com paciência os infortunados, dando o que comer a quem tem fome e água a quem tem sede, tocando com suas palavras seus amigos, vizinhos promovendo o bem comum, ajudando o seu próximo independentemente da hora e do lugar. Você Maria Sílvia é um braço de Deus juntamente com as pessoas que lhe ajudam, essas coisas que foram me despertando e por esses seus feitos de bondade me faziam trabalhar a seu lado em silêncio sem que você percebesse e dessa forma eu fui me aproximando cada vez mais de você, chegando ao ponto deu apaixonar-me intensamente por você.

Maria Sílvia procurei tudo na natureza e ela como resposta me deu você.

A partir daquele momento alguma coisa em Sílvia mudou e ela passou a compreender melhor o não aprofundamento da minha parte nas trocas de carícias. Eu falei para Sílvia que o único jeito de nós ficarmos juntos só dependeria dela, ela me perguntou, como? Essa resposta foi uma das mais difíceis de toda a minha eternidade, já que a morte para os seres humanos era tida como uma coisa perversa e uma das piores qualidades que andam lado a lado com o homem, se podemos chamar assim a morte de qualidade, para mim que tenho certeza que a morte é o fim de uma gestação que tem o seu início na fusão do óvulo com espermatozóide, quando você deixa de existir para aquele mundo uterino, ou seja, morrendo para aquele mundo, despertando para uma outra vida, a morte então seria a fusão com a vida, produzindo o espírito, dando início ao nascimento de uma vida celestial, onde de fato se esquece dessa vida terrena, tomando um formato de um outro corpo, agora alado para que não houvesse diferença na comunidade divina, e de acordo com cada tarefa designada pelo o Pai e se bem desempenhada o levaria a fazer parte do exército celestial. Sílvia perguntou-me que tarefas são essas, respondi-lhe que a pessoa morre para esse mundo, ela não sobe direto para o céu fica aqui na terra por um período de acordo com o bem ou mal que ela praticou, tem pessoas que tanto o bem fizeram para o seu próximo que apenas ficam três dias na mansão dos mortos que seria à própria terra e sobem em direção ao Pai já com o corpo alado, outros pela a tamanha de suas maldades costumam a ficar séculos na mansão dos mortos por não aceitarem mesmo depois em forma de uma energia, Deus. Essas pessoas que relutam em aceitar Deus elas entram em conflitos consigo mesmas, por serem energia não temem mais a morte e se equiparam a Deus, o desfiam ignorando o seu poder, mesmo em energia se consomem pela vaidade do falso poder, a prepotência e arrogância ainda os dominam nessa vida, se tornam vítimas de si mesmas, tornam-se seu próprio inferno, seu próprio demônio, pois dependem de energia para continuarem nesse mundo de mortos, se essa energia findar-se elas tornam-se pesadelos horríveis até que Deus lhes chamem para uma nova chance de o aceitarem. O demônio não existe, nós é que nos transformamos num ao recusarmos em vida ou na morte Deus.

Expliquei para Maria Sílvia que se nós chegássemos a ter relações sexuais, eu deixaria de ser arcanjo, mesmo se nós fossemos ser marido e mulher, porque eu perderia todos os meus poderes e não poderia ajudar mais as pessoas, o que eu mais gostava. Então Sílvia num tom irônico me perguntou até quando nós iríamos ficar naquele chove e não molha, que entendia entre aspas a minha situação, mas que ela era humana e em decorrência disso advinha muitas coisas, como a maternidade, o prazer de dois corpos se tocando e que como isso poderia ser substituído e dizia, não me venha dizer que é apenas com palavras e orações. Pedi a Maria Sílvia para ela ter calma, pois tinha uma solução que para ela quando eu lhe dissesse soaria como absurdo, maluquice, motivo de internamento. Sílvia estava aflita e ansiosa para saber a solução do nosso contratempo, eu procurava palavras certas para lhe falar, mais e mais ela me pedia para que eu deixasse de enrolar, se era a solução para ficarmos juntos de forma plena, o porquê de tanto rodeio. Expliquei para Sílvia que a solução da nossa união esbarrava numa coisa muito temida pelos os seres humanos e que ninguém aceita de bom grado, a morte. Que ela teria de morrer para esse mundo, para renascer no outro mundo de luz onde eu a estaria esperando de braços abertos, mundo esse que ela seria anjo podendo assim ajudar muitas pessoas. Sílvia falou-me que eu estava louco de lhe propor isso, que ela aceitava dele dizer que é anjo, mas ela sacrificar a própria vida em nome de um amor que se diz o arcanjo Rafael que convive com Deus, isso ai loucura demais. Diante dessa proposta minha para Sílvia de sermos felizes para a eternidade, ela ficou meio em dúvida se eu era mesmo arcanjo ou louco.

Para provar a Sílvia da minha santidade peguei–a em meus braços e fiquei sobrevoando com ela várias parte do mundo, ela ficava encantada com que via. Eu a mostrava pessoas prestes a morrer, outra matando seu semelhante, mostrei-lhe um pouquinho de tudo, tento convencê-la da minha verdade, mesmo assim ela duvidava, achava que eu a coloquei em transe e que ela estava hipnotizada. Mas, eu a entendia. De repente alguém se dizendo arcanjo entra em sua vida e lhe pedi para morrer, lhe dizendo que é o único jeito de ser feliz, da pra ficar estonteado e perdido dentro de si mesmo.

Sílvia me pergunta se eu realmente a amo, porque só ela teria que fazer esse sacrifício em nome de um amor, porque não eu. Porque eu não poderia me tornar mortal como ela, evitando assim que ela morresse e que se afastasse dos amigos e dos pais que tanto ama. Eu lhe respondi que o mundo perderia muito com isso no que se refere à ajuda as pessoas tanto da minha parte quanto à dela, porque no outro mundo de luz comigo ela poderia velar pelos os seus pais e amigos.

Sílvia me perguntou como seria essa passagem desse mundo mortal para o mundo de luz, se seria com muita dor e sofrimento, eu lhe disse que seria como Deus fez com José, pai de Jesus, na terra para que ele cumprisse a sua missão aqui, já que Jesus estava muito apegado a seu pai José que morre de repente sem nenhum sofrimento dando assim início a peregrinação de Jesus levando a palavra de Deus.

Sílvia me pede um tempo, já dá sinais de aceitar e acreditar no que eu digo tanto que ela já mudou os seus hábitos, ela está mais imbuída de ajudar o próximo e tornou-se mais cautelosa nas suas carícias. Silvia me fala que procurou uma colega para se aconselhar, pois achava que era loucura o que estava acontecendo com ela, à amiga Sônia disse para ela que eu já devia estar internado há muito tempo e que admirava dela ser uma mulher tão inteligente, esperta e se deixar levar pela a conversa fácil de uma pessoa que se intitula arcanjo, ainda com o nome de Rafael, que isso era historinha para boi dormir e Sônia começava a debochar e dizia: é amiga, você foi fisgada pelo o amor, tanto que você está acreditando na lorota dele, mas não retruquei e não quis entrar em atrito com ela, tampouco lhe contei o que Rafael me disse para ficar junto dele, eu mesma ainda custo a acreditar que isso esteja acontecendo comigo, o que me assustava mais era a idéia da morte para eu chegar ao amor verdadeiro, quando me encontrava sozinha perguntava para mim mesma se eu seria capaz de dar fim a minha própria vida para viver esse amor celestial e até que ponto valia a pena, tudo isso eram indagações sem respostas.

Eu e Sílvia passamos a nos ver mais e ela agora mais moderada nas suas carícias, estávamos vivendo bem. Tudo corria muito bem entre nós, mas Sílvia ficava me sondando quando seria a hora dela estar comigo no mundo de luz e se durante a passagem, eu estaria coladinho nela, respondi que sim. Sílvia tremia igual vara verde, eu tentava acalmá-la e falei –lhe que agora estava mais fácil, porque ela concordou. Mas, diante da hesitação de Sílvia em não querer se desligar desse mundo começo a duvidar do seu amor, porque só depende dela de sermos felizes ou será de mim.

Às vezes, eu penso se há alguém sendo egoísta nesse nosso relacionamento, se é ela em não querer se afastar dos pais e amigos fisicamente ou se sou eu em não querer sair do lado de Deus. Para Sílvia só basta querer em fazer a passagem para o mundo de luz, a chave dessa passagem está na sua vontade de forma indolor e sem se valer de métodos brutos ou traumáticos.

Talvez fosse melhor para ela que eu virasse mortal, pois eu já fazia parte do seu mundo físico, eu só não retornaria para o meu mundo celestial. Eu amo tanto Sílvia que não estou mais me importando com essa minha condição de arcanjo, o que está me importando nesse momento é tê-la perto de mim, senti-la em meus braços, absorver a quentura do seu corpo que aquece meu coração. Eu agora estava em conflito comigo entre o amor físico e o amor celestial. Diante dessa difícil escolha que foi um dia inimaginável para mim era a minha dura realidade. Eu já não conseguia me conter em pensar de não ter Sílvia, tudo isso parecia loucura, mas era loucura do amor, deixei para trás as minhas obrigações de arcanjo e passei a só me dedicar a esse amor. Minha amiga anjo Micaela me chamou de traidor, porque eu estava abandonando a obra de Deus que é mais importante sobre todas as coisas e vivendo intensamente esse amor adolescente. Micaela me perguntou onde eu queria chegar com essa atitude. Eu lhe respondi que ao coração de Sílvia. Micaela me disse que eu estava entrando num caminho sem volta onde eu poderia perder a minha imortalidade e o poder divino, que seria melhor eu esperar por mais que demorasse a decisão de Sílvia. Eu achava que conhecia esse sentimento que se chama amor e que pudesse até controlá-lo, mas ele me tomava da minha razão, me levava para a emoção fazendo-me sentir um vulcão que a cada momento fazia erupções que eram declarações ardentes de amor.

Quando eu penso que todo o dia ao portão, estava Sílvia me esperando com seus beijos de saudade, com sua voz meiga que até parece canção, sinto uma harmonia dentro de mim que me dá vontade de jogar tudo pro alto e ficar de vez nesse mundo de Sílvia. Estou ficando despedaçado nesse conflito que eu mesmo arrumei para mim, mas em contra partida nesse meu conflito estou fazendo Sílvia sofrer, isso é o que eu nunca queria fazer. Vejo a cada encontro com Sílvia seus olhos vermelhos encharcados de água, o que me levou a tomar uma decisão e resolvi tornar-me mortal e comecei a desejar Sílvia como mulher, me vi tomando-a em meus braços, me derramando sobre ela e espalhando dentro dela o gozo de uma paixão, mas eu tinha me esquecido que Sílvia ia à minha casa naquele horário em que eu me decidi tornar-me mortal. Quando eu fui tomado pela volúpia desses pensamentos fui atingido por um raio que me deixou desacordado e quando Sílvia chegou em minha casa e ao me ver ali desfalecido pediu ajuda para os vizinhos que chamaram uma ambulância na qual fazia parte dessa equipe um médico que constatou a minha morte. Sílvia se desesperou e começou a chorar intensamente, ela se achava culpada disso ter acontecido e que eu teria cansado de esperar por sua decisão e parti. Sílvia tomada por um sentimento de culpa e remorso tem a vontade de morrer, achando assim que iria me encontrar no mundo de luz como forma de reparar o mal que ela pensa que teria feito para mim. Sílvia parte para o mundo de luz e eu acordo sentindo muito frio, me vejo sobre uma pedra onde se faz autópsia e um médico com um bisturi na mão me olhando com espanto já quase iniciando a autópsia. Ao sair dali procurei por Sílvia e seus familiares me disseram que ela atendeu ao chamado de Deus.

Agora, eu mortal e Sílvia anjo, nosso amor tornou-se impossível. Eu sentia a presença de Sílvia perto de mim, mas por ser iniciante, ela não tem poderes para se materializar ou se quer me levar para perto dela.

Perdi Sílvia e o meu lugar ao lado de Deus.

luiz remidio
Enviado por luiz remidio em 31/01/2009
Código do texto: T1415655
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