Doce Caxias

DOCE CAXIAS

A nossa estória começa no despertar de janeiro de 2004, quando me lembro da viagem àquela cidade maravilhosa de Caxias, no Rio Grande do Sul, a capital sócio econômica da serra gaúcha, lugar acolhedor, de gente bonita, alegre, educada e inteligente.

A viagem até Caxias foi feita em duas partes.

A saída de Belo Horizonte na manhã de um sábado onde o raio do sol já se fazia presente no céu e foi por volta das sete e quinze da manhã, do aeroporto internacional confins para São Paulo e depois em uma conexão de São Paulo a Caxias.

Num total de tempo, a viagem teve a duração de umas 4 horas, com a parada e troca de passageiros, se contarmos todo o tempo gasto do vôo e referidas paradas.

Nossos caminhos se cruzaram e com certeza posso lhe garantir que não foi por um acaso, estava escrito em algum lugar desse universo em que vivemos, escondido atrás de uma estrela que, com seu brilho, não deixava a gente enxergar.

A noite chegou e você tendo de ir se despede aborrecida, pois o seu desejo maior era de querer passar a noite ao meu lado, para podermos viver uma noite maravilhosa juntos, pois tudo está conspirando a favor deste amor que cresce a cada dia.

Foi um dia delicioso aquele onde podemos ficar juntos todas as horas, o dia inteiro, de vez que sentimos muito a falta de estarmos a sós ali, pois somos homem e mulher carentes de uma louca paixão que aos poucos vai nos consumindo, pois a saudade é muito grande e principalmente quando ela vem de mansinho e nos engole vivos.

Nessa hora você já tinha tirado uma blusa, que estava por cima da camiseta que vestia e, isso me descontrolava mais ainda, estava sem sutiã, e com o calor da noite, o ar fresco já se fazendo presente, os seus deliciosos seios também se endureciam, os biquinhos rosados se mostravam salientes de baixo daquele tecido fino da camiseta, era tudo uma loucura total para os meus olhos cheios de desejo.

Procurava não reparar e fixar aquela cena, a qual me fascinava, desviava o olhar para qualquer coisa, pois, ao contrário ficaria numa situação difícil, pois a quero muito ao meu lado, e você sabendo disso também ficava encabulada com a circunstância que passávamos ali no hotel.

Tudo aquilo era muito gostoso. No hotel mesmo tomamos um “chima com pé de moleque”, outra maravilha.

A conversa corria solta, o assunto era diverso, pois você é muito inteligente e está sempre ligada em tudo o que acontece aqui e no mundo e o que mais gostava com tudo isso, é que aprendia muito com o seu jeito de ver as coisas do mundo, onde você ressaltava a beleza de uma flor como discutia política, economia do Brasil e do mundo, como poucas pessoas que conheço.

Pela primeira vez, conversarmos ao vivo e a cores, pois só falávamos por telefone, aí os assuntos ficavam resumidos. Não dizíamos tudo aquilo que gostaríamos e agora a sua presença ao meu lado, linda, me encantava cada vez mais pela sua meiguice e a sua timidez acompanhada da fúria do seu ser mulher onde resultava aquela expressão, a de você ser a menina mulher da minha vida, que embala meus devaneios e que me faz sentir o mais feliz dos homens, que vê em você aquela mulher, que me satisfaz na mesa e na cama.

Para mim relacionamento tem que ter dos dois lados por que eles se completam gerando daí essa louca paixão que me acompanha nesses dias de seu silêncio, onde, creio eu, você se guarda para a hora certa de se entregar para valer.

O cansaço já se fazia presente e nessa hora fez com que despedíssemos um do outro; aquele momento era único e muito gratificante para nós. Tudo que queríamos ter a algum tempo. O assunto se diversificava ainda mais a partir do momento em que o tempo ia se passando.

Meus olhos ficavam a lhe fitar de cima em baixo e ficava maravilhado com que via. Você as vezes ficava meia encabulada com tudo aquilo e não dava importância, pois, no fundo, gostava de ser desejada e isso me dava também o maior calor interior que estava para se explodir a qualquer momento de tanto desejo que estava contido ali.

Pediu para gravar um cd para você, no momento em minha casa relutei, pois gosto é muito pessoal, estava na dúvida em fazer.

As idéias musicais jorravam na minha cabeça e procurava aquelas canções que você pudesse gostar mais e que a fizesse se lembrar de mim e dos nossos momentos.

Não que seja decisão definitiva, mas tem um valor, trouxe aqui o que penso gravar para você, isso é um pouco de tudo que acho da vida como te falei sou puro amor. Adoro romantismo, o amor em sua essência está meio sumido a olhos vistos. A relação de músicas seria mais ou menos essa aqui:

Borbulhas de amor Eu preciso de você

João e Maria Foi Deus que fez você

Inseparáveis Seu corpo

Amor de verdade Cama e mesa

Como é grande meu amor De coração para Coração

Diga lá coração Doce mistério

É o amor Você é linda

Escutava-me já desde cedo, meio sonolenta pois estávamos ligados e acabava concordando com tudo aquilo que eu falava para não ter que discutir ou defender a sua opinião, o que iria te cansar mais ainda.

Levei-a ao carro onde nos despedimos mais uma vez e você saiu com ele lentamente, pois a sua vontade maior era de ficar ali comigo; vi dobrando a esquina, sumindo dentro daquele bosque que para mim era encantado e de onde dava para ouvir só os últimos barulhos do motor.

O recepcionista muito gentil me atendeu prontamente e começamos a conversar um pouco também e me falava que estava alegre

Agora o sono veio forte e não tive mais forças para lutar contra ele. Dirigi-me então para o quarto para repousar.

Tomei um banho rápido, pois não sei dormir sem banhar-me, primeiro para descansar um pouco também ali, e debaixo daquela água morna que tocava no meu corpo de uma forma tão sutil.

O lençol estendido na cama era claro, muito alvo e perfumado onde me embalava naquele dia maravilhoso.

Ao raiar do dia seguinte, já estava de pé. Aquelas poucas horas de sono me deram força novamente para começar tudo de novo naquele dia a nascer e sabia que estaria com ela mais tempo agora e descansado.

O banheiro me esperava como de costume, tomava banho de manhã também. Hábito difícil de mudar depois de um certo tempo.

Depois de me fartar de tanta iguaria boa pedi para a camareira do hotel pegar algumas peças de roupas minhas e, que fizesse o favor de repassar, pois haviam amassadas um pouco nas malas, o que fez prontamente.

Do saguão ouço meu nome ser chamado, era alguém para falar comigo no telefone, fiquei hiper feliz, pois ouvi sua voz ressoar do outro lado do aparelho, meiga, doce como de costume já o é. Ao ouvi-la assim bem cedo era muito gratificante, enchia-me mais ainda de expectativa, o que mais queria era só ficar com você e estava vendo que ia acontecer, o que estava mais querendo fazer, era poder desfrutar de sua companhia por mais tempo.

O sol ainda se mostrava tímido no meio daquele lugar que era fruto de sonhos por mim imaginado, quase não esquentava e era atropelado por ele, fazia só a claridade daquele angelical lugar.

Não sabia o motivo, mas conspirava para que tudo ficasse harmonizado para apreciar mais aquela manhã sentado ali, desfrutando de um jornal que me dava as noticias principais do dia anterior, o que havia acontecido durante a madrugada, ali naquele lugar como no restante. O cantar dos passarinhos fazia companhia nessa hora, essa cantoria só passava por cima do silêncio que se fazia presente.

Meu coração sem ter nem por que dispara. Depois senti uma coisa diferente. Era um barulho de automóvel que se fazia soar muito baixo. Ia chegando lentamente, deduzi que poderia ser você.

Na mesma hora as notícias já deixaram de ter valor. Os passarinhos se emudeceram e aquele ronco do motor já falava mais alto.

Sentindo já bem mais forte o roncar do motor, tive a certeza mais apaixonada que já tive. Ao dobrar a última curva da estrada, lá estava você, naquela lata motorizada que chamamos de automóvel e vinha fazendo mais barulho do que hoje cedo quando deixou o hotel.

Estava certa toda minha suposição: era ela, bela como nunca, mas tinha um sorriso triste naquele dia. Não sabia o por quê, pois no dia anterior, parecia a pessoa mais feliz do universo. Não deixava transparecer isso agora. Seu semblante ocultava uma expressão de leve preocupação. Fico aflito quando te vejo assim pois sei que deveria ter algum tipo de problema, e não estava querendo me falar, não se agüentava de tanto sofrimento interno, querendo colocar tudo para fora e segurava. Não sabia como agir naquela hora e estava com medo de perguntar, e piorar ainda mais a situação por ser você muita tímida e acanhada em determinadas situações.

Fora disso me pediu para lhe acompanhar ao Rosinha, que era um mecânico de muito tempo conhecido e bom de serviço. No seu caso foi bem claro, teria de trocar o cano de descarga, e com a mudança, o caso da descarga estaria resolvido.

A sua face parecia mais suave, tendo ainda marcas de tristeza estampada nela. Ai me lembrei de um grande amigo que tinha aberto uma pizzaria aí em Caxias. Então a convidei para fazermos uma visita rápida ao mesmo. A principio você não estava muito afim de ir mas, com a minha força acabou cedendo.

Ele estava na porta arrumando e ordenando os funcionários para ajudá-lo a montar o seu equipamento de som, para fazer de noite uso do mesmo.

Quando ele saiu daqui ele já cantava por ter uma linda voz, firme parecendo a de um tenor de ópera.

Testando o seu equipamento fez questão de cantar para você as musicas que tinha falado com ele que gostava de ouvir e nesses poucos minutos o seu sorriso voltou mais lindo do que nunca e fiquei muito alegre com isso. Sou feliz quando a vejo sorrir para a vida.

Ele até nos chamou para almoçar com ele. A comida estava deliciosa, fora a companhia do Binha que é fora de série como pessoa, de um bom coração.

Saímos da pizzaria por volta das 15h30min. Pedi para você me levar a uma vinícola numa região afastada do centro de Caxias.

O tempo passava rapidamente e nós não parávamos para conversar, pois era muita coisa que fazíamos. Com isso a sua feição ia melhorando aos poucos, sem a gente conversar a respeito, deixava rolar solto as conversas para não forçá-la a nada que não quisesse falar.

Ao chegar da noite, me levou para tomar um delicioso sorvete de passas ao rum.

É lindo vê-la quando os primeiros raios da lua a tocam e realçam ainda mais a cor maravilhosa dos seus olhos, que é o tom de esperança onde estão guardados todos os meus sonhos. Para lhe dar uma pista, o tom esperança é um verde folha que transmite muita paz para quem o vê.

Começamos a traçar os planos para a nossa vida noturna, pois para o outro dia já tinha acertado tudo. Primeiro achamos que tínhamos de ficar juntos giboiando. (sem fazer nada) ai me sugeriu que fossemos para o clube, o qual havia comprado uma cota a pouco tempo. Concordei de imediato.Há muito que não freqüentava um clube, e então foi acertado que iria me pegar logo cedo no hotel para aproveitarmos ao máximo a estadia lá.

Em seguida me deixou no hotel e o silêncio se fazia presente. Continuei calado também, queria te liberar de ter que falar qualquer coisa. Achei mais prudente deixar a nossa conversa para depois.

Pedi Dona Socorro, que era uma das camareiras do hotel para fazer o favor de repassar uma roupa que iria usar no dia seguinte, ficou acertado que logo pela manhã estaria toda arrumada.

Hoje era folga do rapaz da portaria do hotel, estava ali agora o Gilmar com a mesma presteza que foi caracterizada no pelo outro.

Deitei cedo naquele dia lá por volta das 22 horas e antes de me deitar fiz o que estava a fazer todos os dias, um banho delicioso debaixo daquela água celestial que jorrava continuamente na mesma intensidade fazendo com que tomasse uma massagem gratuita. Era muito bom esse banho onde aproveitando fiz a barba debaixo do chuveiro.

Comecei a ver os jornais do dia na tv, pois ali são resumidas as principais noticias do dia, as que realmente valem a pena merecerem a nossa atenção, a fim de tomarmos consciência do que estava acontecendo no mundo e no Brasil.

Num piscar de olhos já estava claro no meu quarto. Fiz questão de deixar as cortinas abertas para que isso me desse o primeiro sinal de que o orvalho estava molhando as flores e que o sol já começava a brilhar.

Falo isso pois teria você só para mim trocando juras de amor o dia inteiro e eu tanto como você estávamos sedentos de amor, carinho, de palavras que, no nosso caso, saem do coração, temos um sentimento puro um pelo o outro.

Lembro-me bem por volta das 7h30min a campainha ressoa. Era D. Socorro com meus pertences todos lavados e passados.

De lá ouvia-se o canto belo dos passarinhos pois o restaurante era no andar térreo e dava para o bosque onde as pequenas criaturinhas faziam o seu ninho e ali passavam grande parte do dia.

Sentado na parte inferior da varanda não via o movimento do estacionamento do hotel, queria mesmo estar desligado de tudo não me preocupando com nada. Por um acaso levanto a cabeça e a vejo descer a escada, meu coração dispara na mesma hora com tanta beleza para uma só pessoa.

A sua face já era outra, brilhava também ao me ver. Um longo beijo selou aquele bom dia.

Usando uma blusa tomara que caia no tom de amarelo, daquelas que se grudam no corpo o modelando, uma calça jeans para fazer o contraste com a blusa, uma sandália de couro cobria seus doces pézinhos, sem maquiagem, simplesmente com um belo batom de uma cor viva se fazia mostrar, mas como era bela essa mulher. Um corpo esbelto bem dividido nada faltando e nada excedendo, me abraçou devagar também querendo ficar colado a mim pois se sentia protegida ao meu lado.

No fundo uma bela canção era tocada baixa e nos embalava, eram sucessos antigos.

Convidei-a para deliciar alguma coisa do café, pedi D.Antônia a copeira do restaurante para fazer uma bandeja com diversos tipos de comida que estavam ali expostos e os levassem para mim e para ela.

D. Antônia pressupôs ali que o dia iria ser longo e maravilhoso para mim e para ela e nos trouxe as mais deliciosas comidas.

Depois de saborear aquele delicioso café, resolvemos ir para o clube.

Deixando a chave do quarto com porteiro disse-lhe que naquele dia não teríamos hora de voltar, não falou nada, mas entendeu o que estava acontecendo.

Pegamos o caminho do clube. O carro estava limpo e cheiroso por ela ter colocado um desses tipos de perfume dentro do carro, deve ter sido no posto que colocou.

O cinto de segurança dificultava que fôssemos nos beijar e isso nos deixava mais ansiosos para uma coisa que estamos esperando há muito tempo, o fato de sermos simplesmente homem e mulher da mais louca forma.

Achei diferente o nome do clube porém bonito. Chamava Lareira Iate Clube.

Tudo para mim ali era novo e me fascinava bastante, toda aquela situação.

Meus olhos fitaram a entrada do clube de uma certa distância e mesmo não vendo muito bem fiquei impressionado com tanta beleza num só lugar, enquanto o carro deslizava tranqüilo numa estrada a brisa batia em nosso rosto não nos deixando sentir calor com os raios do sol.

O clube me lembrava a entrada de um castelo medieval todo florido com as mais belas espécies.

Andamos mais um pouco e chegamos aos vestiários. Nunca vi nada igual em minha vida, o chão brilhava de tão limpo e um cheiro agradabilíssimo.

Troquei de roupa e fiquei a esperá-la no pátio que dava acesso à entrada aos dois vestiários.

Na hora que viro meu rosto para o outro lado tremi todo, era você, linda, sensual, apaixonante, quando a fitei não vi nada a não ser você, com aquele corpo escultural de mulher madura, que sabe o que quer da vida, e não sei como conseguiu arrumar um biquíni da cor dos seus olhos, mas era lindo. Uma saída de praia fazia contraste com o biquíni deixando-a mais sensual ainda. Os chinelos de couro cru que cobriam seus lindos pezinhos eram lindos também.

Falar qual parte daquele corpo que me fascina desde a primeira vez que eu a vi seria até um pecado. Não há como colocar algum defeito naquela obra de arte, onde tudo tem o tamanho e formato exato, pois você fazia aulas de hidroginástica e academia para colocar tudo mais lindo do que é, acho difícil, pois você é toda bela.

O sol passou rapidamente que nem percebemos que as horas andavam e marcam aqueles momentos de puro amor entre nós. A noite chega, você me leva ao hotel, o porteiro me dá um sorriso desconfiado, como que dizendo ser a noite longa e maravilhosa. Nós entramos no quarto, fechamos a porta e...

Escritordsonhos
Enviado por Escritordsonhos em 19/04/2009
Código do texto: T1547713
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.