Um Amor para Laura

Naquela noite Laura custou a dormir, debruçada sobre a janela

do seu quarto observava as estrelas que de tão próximas quase

podia tocá-las com as mãos. Laura estava pensando em sua vida.

Era uma moça bonita, tinha olhos e cabelos castanhos claros,

uns 25 anos era formada em Letras. Falava fluentemente o inglês

e o espanhol. Trabalhava há mais de 2 anos numa agência de viagens

e por ironia do destino nunca havia saido da sua cidade para conhecer

outros mundos. Ela sonhava em encontrar o amor da sua vida, não entendia o porque de estar sozinha se suas amigas tinham namorados e outras até já estavam casadas. Talvez fosse o jeito tímido de ser.Ela era de poucas palavras, reservada. Sua vida era praticamente ir do trabalho para a casa. Uma vez ou outra ia no cinema com uma amiga.

E assim ela passava os dias da sua vida. Certa manhã quando estava

no seu trabalho atendeu um senhor que aparentava ter uns 65 anos.

Ele queria comprar uma passagem para dar de presente ao filho.

Muito simpático e falante, o senhor foi logo contando sobre o filho

e o porque do presente para ele. Queria que o filho conhecesse outro

país, outra cultura. Não gostaria que o filho tivesse o mesmo destino dele. Que sempre colocou os negócios na frente de tudo e nunca

teve tempo para viajar. Os anos passaram, os filhos cresceram e ele

já não tinha mais saúde para fazer viagens para fora do país.

Laura atendeu o senhor cordialmente, vendeu a passagem, mas

não levou a sério as palavras dele, pois era só mais um cliente como tantos outros e talvez nunca mais o vice na vida.

Três meses se passaram, e Laura continuava no mesmo emprego,

na mesma vida pacata. Para ela os dias eram muito previsíveis.

Eram praticamente quase todos iguais. Até o dia em que levou um

esbarram saindo da porta da agência de viagens.

Foi tão forte que Laura quase caiu no chão.

O moço que havia esbarrado nela a segurou e desculpou-se pelo fato de não ter a visto. Ela desconsertada disse que não era nada e que estava bem. Despediu-se e foi para a casa.

O moço ficou impressionado com aquela moça bonita e educada que lhe chamou tanta atenção. Pensou que seria muito bom conhece-la melhor. Mas como iria fazer isso se não a conhecia, não sabia nada sobre ela, se era solteira ou se tinha namorado, se trabalhava.

Eram tantas dúvidas. Em seus pensamentos o único referencial que

tinha dela era a agência de viagens a qual a moça havia saído de dentro. Resolveu então no dia seguinte dar uma passada na agência

para ver se descobria algo sobre ela.

Laura também foi para a casa pensando no esbarram e no moço misterioso. Ela se agradou dele, mas como a sua vida era um marasmo só achou que aquele esbarram era apenas um acontecimento sem nenhuma consequência. Mal sabia que ele também estava interessado

por ela. O dia amanheceu lindo sem nenhuma nuvem no céu e Laura como de costume acordou cedo, tomou seu café e foi trabalhar. No fim

da tarde quando estava quase no final do seu expediente, entrou pela porta uma pessoa. Ela não havia reparado quem era pois estava de costas para a porta. Era o moço do esbarram a procura dela.

Ele chegou até o balcão e qual foi a surpresa quando a viu de costas.

Ele não a chamou ficou lá em pé, imóvel reparando a moça.

Laura estava tão distraída que quando virou e o viu levou um susto.

Toda sem graça veio em direção do moço para atende-lo.

Os dois não continham a emoção de se olharem nos olhos.

Acho até que foi amor a primeira vista.

E de fato o moço chamava-se Alberto. Era um bom homem, tinha 31 anos, formado em Engenharia Civil, tinha o seu próprio negócio.

Solteiro nunca se casará. Namorou umas duas vezes, mas ninguém conseguiu tocar o seu coração como aquela moça o tocou.

Alberto se apresentou para Laura explicou o motivo da sua presença

ali e a convidou para sair. Laura também estava encantada por ele

e aceitou o convite para se conhecerem melhor.

E os dois desde o primeiro encontro não se largaram mais.

Alberto pediu Laura em namoro e para oficializar o compromisso

marcou um almoço com as famílias para se conhecerem.

E quando Laura chegou na casa de Alberto teve uma surpresa. O pai dele era o mesmo senhor que havia comprado a passagem de presente para o filho. O senhor de imediato reconheceu Laura e ficou muito feliz pela escolha do seu filho.

Os meses passaram, Laura e Alberto casaram, os filhos começaram chegar e o destino provou que não importa o tempo ou a hora parao amor acontecer. Quando os caminhos estão traçados o destino

trata logo de dar uma ajuda para promover o encontro.

Christine Fujiwara
Enviado por Christine Fujiwara em 20/04/2009
Código do texto: T1549799