O encontro de Hemlock e Hern-Hill
O encontro de Hemlock e Hern-Hill
‘Rock your heart out...!”
Diz ACDC. Significa o que?
Alegrar-se? Dançar?
Hemlock, o grego, vivia pela região das hortênsias, na serra gaúcha.
Perambulava pelo asfalto florido. Andava até Gramado e após, retornava – até onde havia hortênsias. E sabe de uma coisa? Ele, como bom platônico sujeito grego, desejava demais a tal flor. Nunca com ela conversou. Olhares? Não, nunca os trocou. E com essa doida platonice, Hemlock nunca conheceu outra flor. Ou, melhor: nunca deu importância àquelas que, por distração, viu.
O que Hemlock desconhecia –era sentimental demais para conseguir ver isso – é que a flor também dele gostava. E gostava principalmente por vê-lo dançar constantemente. É, Hem tinha um rádio e 4 fitas: Ramones, ACDC, Toy Dolls e LED. E dançava e dançava e dançava...
Bem, tudo isso pode parecer muito bizarro, bisonho, esquisito, estranho, mas era realítico!
Sim. E de que se alimentava o tal H? Bom, é o seguinte: Fim/ano, novo/ano, o pampa é invadido pelos hermanos.
Eles vão pro litoral: Torres, Santa Catarina... mas alguns se perdem pela serra e acabam em Gramado/Canela. Pois Lock dança, e como – pelos menos é o que dizem – são civilizados os argentinos (uns tipinhos ingleses), jogam pesos (que + parecem dólares no asfalto. E assim.... ai! Que phoda! Que phoda! Eu não sou realidade!
Hemlock cansou-se de esperar que hortênsias florissem e veio pra Garibaldi e conheceu Hern-Hill e amou-a de verdade e viveu com ela. E nunca quis saber do bobalhão Sócrates.
Agora, senhoreas, desculpem o caneteiro pelo machismo de citar tantas vezes o nome dele e só uma vez o nome dela. Mas ELA vocês encontrarão em todo o Brasil. ELE? Sei não...
Hemlock : cicuta
Hern-Hill: Gerânio