Amor, por que não voltas?

A madrugada chegou, e com ela a dor, a melancolia, a saudade.

Tu estás ausente... Quanta falta me fazem seus braços em torno de meu corpo, suas mãos suaves em minha nuca, seu olhar, sua boca, seu beijo, seu carinho... Fico devorando a esperança de que tu voltes ao nosso espaço, hoje vazio sem ti. Procuro-te, inutilmente, pelos cantos... Busco detalhes esquecidos... Restos de um brinco quebrado, um estojo vazio de “baton”. Meu olhar te procura em vão.

Águas passadas voltam como chuvas... Flores renascem a cada primavera... Pássaros migratórios voltam a seus ninhos... A lua ilumina minha janela... Mas coração ainda vaga na escuridão de tuas lembranças.

Não sou mais capaz de sonhar... A noite me aprisiona em suas malhas... O dia se aproxima... Nossa canção toca na hora errada... Espero-te, volte!

Venha meu amor! Venha habitar-me, devolver-me a razão...

Meu caminho, ora errante, necessita da luz de seus olhos... Minha boca do sabor de teus lábios... Meu coração do “marca passo” de teu coração para bater em um só ritmo. Venha me amar!

Olho minha vida passar e só vejo o vazio... Quero que o tempo corra, mas nada acontece, o relógio parece para... Não acho mais a saída... As coisas estão perdendo a sentido... Desilusões, mágoas, o tempo todo...

Acomodei-me... Não tenho mais forças... Para não morrer, fecho meus olhos... Deixo acontecer... Preciso esquecer. Deixo o tempo curar minhas feridas... Quem sabe um dia, os ciclos do Universo tragam-te de novo para mim... Nessa ou em outra vida.

Onyr Boss (Um Sonhador)