O MEU B O

O MEU B O

Doutor Delegado nem sei se esse é o caso o meu caso.

A cinqüenta anos atrás procurei uma igreja católica para casar. Ao preencher as formalidades processuais quando ao perguntarem-me qual a minha fé eu disse espírita. O padre rabugento protestou na minha igreja não casa. Perante a madre poderosa eu não podia mentir.

A minha sogra Católica Apostólica Romana interferiu com seu direito de Filha de Maria e apostola dizimista. O rigoroso padre então concluiu que não podia perder uma fiel assídua. Casar aqui só se ele se converter ao Catolicismo, criar os filhos em nossa fé e se abdicar ao

Culto antigo, contudo a necessidade de autorização do arcebispo.

Em nome do amor aceitei a imposição. Abdicar a uma fé cristã por outra cristã não é um penitencia ridícula e a fé dos filhos do porvir é uma escolha democrática que a eles pertencerão, embora seriam criados no princípio cristão.

Em nome do amor aceitei abdicar a uma fé justa.

No casamento doutor com a igreja lotado de parentes e amigos o padre nos pediu amor, dedicação, companheirismo no presente e no futuro, mas da minha parte eu cumpro o meu dever.

Pelo mesmo amor que por meio século eu me dediquei hoje eu não consigo retribuição. Sabe porque? Envelhecemos...Assim sendo eu lhe peço doutor registre ai o meu B O

Goiânia, 26 de abril de 2009.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 27/04/2009
Reeditado em 28/06/2011
Código do texto: T1562150
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