Coisa real, imaginária

Depois do beijo demorado, depois de sentir o quente dos corpos, depois de ouvir o silêncio estendendo-se pelo espaço, onde só existia lugar para o amor. E ele crescia, descompassadamente, sem receio, sem freio, sem perguntas. Até que o sexo se deu, certo de que preencheria todas as nuances do desejo mais alto, mais intenso. Esperado, medido, sensato. Temperado por um mundo de emoções vindas do coração livre, disposto a se entregar sem nenhum cuidado, sem medo. Duas pessoas sentindo toda a plenitude do momento presente. Devagar, a entrega aconteceu, com sentimento e alegria. Ser-se o que se é, receber a vida com gosto de fruto doce. Enfim, o contato mais profundo é o que importa.

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 21/08/2009
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