Iguais, mas opostos.

Eles eram mesmo duas faces no espelho, eram duas fatias da mesma fruta. Opostos, mas iguais.

Ele era a solidão incarnada, rejeito por todos, ela era a popularidade em pessoa, bem quista e cobiçada.

Ele vivia só por falta de opção, ela vivia só por escolha própria.

Ele vivia atras de quem não o queria, ela vivia desejando quem não podia ter

E mesmo assim eram iguais, tão iguais ao seu rosto e o que você vê no espelho. Opostos, mas iguais.

E como o Destino, esse senhor sádico e cruel, não poderia deixar de intervir, cruzou seus caminhos apenas uma vez.

A bomba foi posta, a destruição era iminente.

Se quiseram, ela não pode te-lo, ele não conseguiu mante-la.

Não foi o bastante saber que sua contra-parte existe, ela queria mais.

Não foi suficiente ele a completar, ela o desprezou.

Hoje, ambos continuam iguais, ela quer o inalcançável, ele quer quem não o quer.

E ambos permanecem sozinhos, como permaneceram ate o fim dos seus longos dias.

Pois são iguais, apesar de opostos.