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Sábado, 8 de março de 2003, o telefone do senhor Martins tocou as 14 hs.

- Alô, quem está falando?

Uma voz doce e suave penetrava os pensamentos de Martins.

- Eu tenho um chip da promoção da OI e decide chutar um numero para conhecer alguém, daí então caiu no seu.

Thiago então se identificou e permitiu-se entrar “num mundo virtual” onde as imaginações e as curiosidades eram aguçadas a cada momento. Ele teve então a vontade de saber quem era a moça que lhe causava uma felicidade imensa.

- Como é o seu nome?

- Espere ai um pouco, minha colega também quer lhe conhecer!

Martins nem sabia o nome da moça que lhe trouxera saudades e já estava a conhecer outra pessoa.

- Alô Thiago, é Luiza que está falando!

- Tudo bom Luiza?

- Tudo sim, minha colega não para de falar de você, ela adorou sua voz; Ela está feliz!

- E como é o nome dela?

- Inajara, a conhecemos por Najinha.

Apesar de morarem distante por apenas algumas horas de viagem, Thiago e Inajara nunca tiveram oportunidade de se conhecer pessoalmente.

O telefone celular os fazia “ficarem perto” por algumas horas. Conheceram os gostos, desgostos, tristezas, alegrias um do outro e até trocaram cartas. Numa delas, Martins não soube onde guardar imensa felicidade em ler sobre sua suposta “amada” e até “sentir seu cheiro”.

Seis anos depois, Thiago ainda não havia conhecido sua ”paixão platônica” pessoalmente, mais dedicara um livro a ela, cujo nome é “Vestígios de Paixões” e também fizeste para ela uma canção de nome “recordações”.

Neste ano, se formará a mais bela jornalista, e, se nesse mesmo mês Thiago passará no vestibular, só Deus é quem sabe. E ou quem sabe... Renato Russo.

“E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer, que não existe razão”.

(Legião Urbana)