Caixinha de surpresas

É meio que assim

Gosto de quem não gosta de mim

Eita coração, tu é bobo

Me faz grande tolo

Me faz pagar mico

Me prega cada peça

Depois que demonstro sua grandeza

Parece que assusta, amedronta

Pessoa querida se afasta

Cheguei ouvir, era tudo que eu queria

Em um homem, mas não estou preparada

Que desculpa é essa, a mais esfarrapada

Será que o meu presente de Natal ainda não chegou

E talvez nem chegará, perdi o jeito da coisa

Enfim é assim mesmo que me sinto

Vou de zero a cem em um segundo

Sem sair do lugar, sem nem sequer imaginar

Sentir se devo ou não continuar

Quando entendi realmente a força do amor

O quão é grandioso, e necessário

Porque sinto esse tamanho vazio

Quantas vezes mais, recomeçar

Quantas e quantas mais

É não sei direito qual a razão

Porque sofre tanto um coração

Parece que passa pelos vãos dos dedos

E todos os mimos, tudo o que mais gosto de sntir

Se esvaem, se perdem, no presente

Se o telefone toca, não era o número que eu queria ver

Se olho pela janela, não vejo você

Porque chove la fora, se não colherei flores

Cadê minha vida, cadê meus amores

Será que esse passado, tão recente

Não era o presente

Que deveria ter aberto

Estava tão longe e tinha bem perto

Mas como diria qualquer entendido no assunto

Se o perfume for suave como a brisa

Deixe se levar, solte as amarras, navegue

Levante as velas, não vá contra o vento

Siga para onde te levar

Com certeza, estará lá te esperando, te aguardando

Como faz quando se abre um presente

Nunca sabemos o que vem dentro

Sempre uma caixinha de surpresas

Roberto F Storti
Enviado por Roberto F Storti em 28/12/2009
Código do texto: T1999482
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