Conto Estudantil

Era noite de setembro quando sérgio, um garoto de 17 anos e que cursava o 2º ano, resolveu sair para uma festa numa boate, no centro da cidade.Seus pais não eram a favor de que saisse para festas, pois sempre chegava tarde, ou bêbado ou ainda envolvido em brigas. mas nadao segurava em casa. Era um "adolescente" muito determinado e um pouco independente. Usava tocão preto, camisa regata, tênis da Olympikus. Ia colocando perfume, quando seu pai adentrou em seu quarto e, num impulso de autoridade, proibiu a sua saída. Sérgio, porém, decidido a ir à festa de qualquer maneira, empurrou seu pai que, caindo no chão, gritou por sua esposa. O fôlego de sérgio era ofegante e seus olhos precisos. Sua mãe voltava da cozinha para a sala quando viu seu filho em disparada até a porta. Pediu para ela voltar, ams não adiantou. Saiu.

No barulho ensurdecedor da festa, bebidas à vontade, meninas no jogo da paquera, Sérgio se sentia realmente em casa. No meio de toda aquela agitação, pessoas dançando, beijamdo e bebendo, seus olhos instalaram-se numa pessoa especial: a garota dos olhos verdes. Seu nome era Pollyana. uma garota de 16 anos e estudava num colégio particular. Em nenhum momento ele parou de olhá-la, analisando-a de cima a baixo. Foi então que, num impulso de coragem, resolveu ir conversar com ela. Não demorou muito patra que Pollyana percebesse que tinha acabado de encontrar o seu primeiro e único amor.

Já tarde, depois que a festa acabará, ainda havia algumas pessoas na boate, umas delas bêbadas. Foi neste instante que Pollyana teve uma ideia e, aproxiamndo-se de sérgio, convidou-o para irem até a casa dela para se conhecerem melhor. O rapaz aceitou na hora e disse que já estava ficando chato aquele ambiente.

Caminhando de mãos dadas pelas ruas, Pollyana conseguia sentir o calor da forte mão que envolvia a dela. Aquele era um momento mágico, como se o mundo todo acabasse naquele instante e eles ficassem flutuando num universo de paixão.

Chegando em casa, pollyana tirou os sapatos e, cuidadosamente, subiu com Sérgio até o seu quarto. Entraram e trancaram a porta. Logo de vista, era um quarto que reveava seu interior: cortina nas cores vermelha e branca, abaju, um banheiro ao lado do criado-mudo, escrivaninha, estante com livros de romances e aventura. Sérgio sentou-se na cama e ficou observando o trânsito lá fora. Pollyana aproximou-se e, sem que ele pronumciasse uma palavra, beijou seus lábios quentes e macios. Foi um instante de emoção e de muito amor. Tudo pairava naquele momento. Parecia que estava havendo um terremoto ou que um tornado atinga justamente aquela rua, aquela casa, aquele quarto. E, sem pensar duas vezes, os dois se entregaram a esta paixão avassaladora, completando um ao outro. Foi um momento de prazer, de amor e, principalmente, de fellicidade.

Sérgio, acordando depois da amar e ser amado, olhou para o lado e viu Pollyana ali, coberta pelo lençol e sorriu por tudo aquilo nã0 ter sido um sonho. Ele se levantou, vestiu-se e, aproveitando a oportunidade, aproximou-se da escrivaninha e escreveu um bilhete, dizendo que foi bom enquanto durou. Voltou para a cama e deu-lhe um beijo de puro amor e foi embora.

No dia seguinte, Sérgio acordou bem cedo, tomou café e foi estudar com seus colegas. Seus pais estranharam aquilo. Sérgio não era de acordar cedo. Sempre era o último. E mal tocava nos livros durante todo o dia. Acharam isso um bom sinal, de que ele estava realmente mundando. À noite, já vestido para ir à escola, seus áis lhe perguntaram se estava tudo bem. Com um sorriso estampado em seu rosto e com um brilho no olhar, Sérgio abraçou od dois e saiu com destino ao colégio.

Já perto da escola, encontrou seu melhor amigo e já foi lhe contando tudo o que lhe acontecera na noite passada. Sérgio estava mesmo apaixonado. na sala de aula, todo mundo acho estranho seu novo comportamento. Parecia outra pessoa. De repente, tomando a voz, a diretora entrou na sala e anunciou uma nova aluna. Chamou-a para dentro. Era ela, o seu grande amor. Ambos se olharam e num segundo de amor sorriram, um sorriso sincero e inocente. Nada podia ser mais perfeito do que aquele encontro inesperado e, ao mesmo tempo, marcado.

Passaram-se algumas semanas desde aquela noite de amor. As vidas de ambos eram perfeita harmonia. Até a um certo ponto. Pollyana começou a ter enjoos, desmaios, estranhas vontades. Surgiu, entçao, uma dúvida: "Será que ela estava grávida?" E para tirar isso a limpo, não pensou duas vezes e resolveu fazer um exame de gravidez. O suspeitável aconteceu:Pollyana estava grávida.Ela não sabia se sorria ou chorava, apenas pensava no que iria acontecer dali por diante.

Na escola, Sérgio sempre era recebido com um beijo, logo que entrava na sala. Desta vez não havia ninguém na porta, à sua espera. Não entendeu a situação e avistando Pollyana, sentada no fundo da sala, foi perguntar-lhe o que tinha acontecido. Ela, sem coragem de olhá-lo nos olhos, simplesmente disse que estava esperando um filho dele. Sérgio chorou de alegria e falou que aquilo era maravilhoso. Pollyana, porém, tinha medo de como seria o futuro deles. Sérgio acalmou-la, dizendo que seus pais dariam um jeito naquela situação.

Logo que chegou em casa, Ségio se preocupou em dar a boa notícia a seus pais. Vendo o filho emocionado, o pai perguntou o que havia acontecido. Sérgio disse que iria ser pai e que precisava da ajuda deles. Seu pai, contudo, nãoa ceitou a novidade e disse que ela tinha de abortar a criança. Sérgio recusou a proposta na hora. Então, como outra alternativa, o pai de Sérgio falou que se ele havia feito, ele é quem irria sustentá-los. Com muita decepção, Sérgio resolveu ir embora de casa para arranjar um emprego e mostrar a seu pai que não precisava da ajuda dele. A mãe dele pedia a seu marido que voltasse atrás na decisão, mas não tinha mais jeito. Já estava feito.

Sérgio alugou uma casa e foi morarcom Pollyana. Conseguiu um emprego. Mais tarde, conseguiu construir sua própria casa. Depois, foi promovido no trabalho. Comprou seu carro, um sonho de consumo. Era uma família feliz.

Oito meses se passaram e a gravidez de Pollyana já era visível. Tudo corria bem até um dia, em que Sérgio, com esperança de conseguir um pouco mais de dinheiro para montar seu próprio negócio, foi tentar a sorte num cassino. Logo nas primeiras apostas, a sorte soprou para seu aldo. Mas, ao longo go jogo, começou a parder. Poré, estava sempre confiante de que iria ganhar uma boa quantia. De repente, viu-se sem nada; havia pardido tudo. No cassino, Sérgio encontrou um velho amigo e nesse momento, sem nada a perder, resolveu pedir-lhe algum dinheiro emprestado para continuar tentando a sorte. O amigo, vendo a confiança de seu parceiro, emprestou-lhe uma dinheiro considerável, pois já havia ganhado bastante naquela noite. E Sérgio foi jogando e perdendo, jogando e perdendo, até não lhe restar nada.

Sérgio, já nervoso, chegopu para o amigo e disse-lhe que tinha perdido todo o dinheiro que emprestara. Este, então, desesperou-se e disse que também havia gastado tudo que lhe restara e contava com o empréstimo concedido para começar uma nova vida. Sérgio, então, pediu um prazo para tentar restituir o amigo. No fim, um acordo foi firmado. Ao chegar em casa, já de madrugada, Sérgio encontrou Pollyana ainda cordada. Ela perguntou se ele havia ganhado algum dinheiro. Sérgi respondeu-lhe que sim, para não preocupá-la e para não prejudicar o bebê.

Duas semanas depois, o telefone tocou. Sérgio foi atender. Era o seu amigo, cobrando-lhe a dívida. Meio nervoso, Sérgio falou que tinha conseguido uma pequena parte do dinheiro. O amigo, todavia, Já num tom sério, disse que não era o suficiente e que estava precisando da quantia para fazer uma viagem e que não podia esperar. Sérgio implorou por mai um tempo para o pagamento e o amigo o ameaçou, dizendo que se ele não pagasse o combinado dentro de uam semana, iria matá-lo junto com sua mulher. Em seguida, o homem bateu o telefone e Sérgio ficou apreensivo. Pollyana ia chegando na sala e perguntou a Sérgio quem era no telefona. Ele respondeu que era um colega de trabalho.

Depois daquele telefonema, Sérgio ficou mais nervoso ainda. Pensav sozinho em seu quarto. Sabia que não tinha condições de repor uma quantia tão alta em tão pouco tempo. Mas também não podia e não iria deixar que nada de mal acontecesse com seu grande amor, a pessoa que mais amava. E justo agora que estava à espera de um filho, seu filho. E a cada dia que se passava, Sérgio se via num beco semdsaída. Às vezes , tinha alucinações, onde levavam sua mulher e seu único filho embora para nunca mais voltar e ele sem poder fazer nada. O desespero tomou conta do seu ser.

Foi aí que Sérgio começou a trabalhar em horas extra, fazendo bicos onde encontrasse. Vendoeu seu carro, algo que significava muito para ele, tudo para conseguir uma pequena parte do muito que devia. Mas seu amigo, no último dia do prazo, decidiu cumprir a ameaça. Foi até a uma loja e comprou uma arma. Como sabia onde Sérgio trabalhava. foi ao local pedir informações acerca de onde morava. Commo endereço nas mãos e a arma escondida na roupa, foi ao encontro de Sérgio.

Em sua casa, já bastante desconfiada de Sérgio, por causa das vendas que fez e fazia, de suas saídas e demoras, Pollyana, num minuto de oportunidade, perguntoua Sérgio se ele tinha outra pessoa a não queria contar-lhe. Ele, que não podia mais esconder o fato, tão claro e tão visível aos olho dela, contou tudo e chorou em seu colo. Pollyana o abraçou e o acalmou, dizendo que eles irirma dar um jeito naquela situação. neste insatnte, Sérgio confessou que recebeu ameaças de morte e que ela também era uma das vítimas. Um segundo depois de proferir estas palavras, tocam a campainha. Pollyana foi em direção à porta, atender quem estava la fora. Mas Sérgio foi em seu lugar. Ela aceitou, pois estava grávida e e precisava repousar. Quando abriu a porta, Sérgio viu a morte na sua frente. Era seua migo, ou melhor, inimigo. Aparentava estar bastante nervoso, apressado e desconfiado, pois havia muita gente na rua. O homem cobrou-lhe a dívida. Sérgo, tentando acalmá-lo, entregou-lhe uma parte do dinheiro. O homem disse que era pouco e que quero o resto. Sérgio, trêmulo de medo, falou que não podia entregar o que faltava naquele momento. Então, disposto a tudo para repara o que tinha perdido, o homem sacou o revólver e apontou para ele. Pediu novamente o dinheiro.Foi nesse momento que Sérgio, aproveitando um descuido do homem que olhou para o lado, tentou tirar-lhe a arma. O homemo empurrou no sofá e avistando a indefesa Pollyana, que ia endireção a seu quarto descansar um pouco, foi seu alvo e, sem dó nem piedade, disparou contra ela.

E então...

O imprevisível aconteceu. A bala atingio o peito de Sérgio, que por amor, entrou na frente dela para tomar o tiro em seu lugar. O home fugio, covardemente. E Pollyana, com Sérgio em seus braços, chororu e pediu que ele não a deixasse, mas não havia jeito. Como último desejo, Sérgio olhou bem no fundo dos olhos de Pollyana e pediu-lhe um beijo pela última vez. Então,com os lábios molhados pelas lágrimas, Pollyana deu-lhe um beijo demorado, deixando rolar uma lágrima até os lábios de Sérgio, que com um último suspiro, morreu nos braços de Pollyana.

Muito tempo se passou depois daquela tragédia. O filho de Pollyanajá havia nascido. Era um menino e se chamava Sérgio, como o pai. Pollyana formou-se em Direito, tornou-se uma advogada de prestígio e foi embora para os Estados Unidos, pois aquele casa lhe trazia muitas lembranças de quando seu grande amor deu a vida por ela. Toda vez que Pollyana olhava para seu filho, lembrava do seu amado, dos momentos felizes que passaram juntos, daquela noite em sua casa e de tudo o que fizeram para serem uma família. À noite, Pollyana sonhava com sérgio, que vinha amá-la até o amanhecer. Mesmo com a morte dele, Pollyana continuava o amando, pois nem a morte conseguiu apagar a chama deste amor.

Autores: Miauin e Angélica Campos.

Saulo Sozza
Enviado por Saulo Sozza em 19/02/2010
Reeditado em 26/02/2010
Código do texto: T2095235
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