Conte estórias de ninar

O corpo espantado pede estórias de ninar.

Os homens estão desatentos às alegrias do hoje.

Queria influenciar o ritmo das estacas batendo no chão.

Mas nem cessam, só rimam, lamentos, lentos, ventos, tormentos.

O templo em Nova York está gelado, o casaco já está na mala da

sala de estar.

O amor pediu licença e foi-se embora. Agora é hora do jantar.

Mas amanhã, quando amanhecer no fim de tarde,

Levo a vodka escondida no vidro de perfume

E vou ser a mulher mais radiante em outra cidade.

Livre para amar, livre para servir no templo do Buda.

Onde mulher será bem vinda.

Já é tarde, balbucio e contemplo as uvas.

Durmo acordada na chegada sem espera.

O silêncio do aeroporto está cansado de trajetórias sem rumos.

A vida clama e estende, é rebelde, e por mais que queira desistir,

Vibra o calor do sol dentro do meu coração Moicano.

Moreno, vem de longe me ver, sinto sua falta.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 19/03/2010
Código do texto: T2147660
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