Prólogo para uma mulher fatal

Há um tipo de mulher a qual os homens olham e não dirigem a palavra, não por falta de interesse, mas por medo. Uma rejeição ou mesmo um sorriso debochado ou desbotado dessa mulher e eles não suportariam. Uns sente-se realizados simplesmente em vê-la passar, outros em tê-la em suas fantasias em quanto não a esquecem. Os que ousam saciar a fome de possuí-la reservam a si próprios toda a sorte de infortúnios. Nem mesmo Deus pode segurar todos os anjos no céu e assim surgiu essa variável de mulher na terra.

Dentre esse tipo há variações (se você pensou em cabelos, curvas ou tom de voz, seu pensamento simplório te protegerá da glória e de seus antônimos) quanto como são percebidas pelo mundo. A maior parte delas é notada em olhares que vão da esquerda ao topo, do topo a direita, da direita aos pés tendo fim à esquerda. Mulheres de sentido horário passam pela vida vê-se o tempo passar e quando elas se vão o tempo passa sem elas. Mas não se deve temer o que tem o relógio como cura. Tempo é remédio que quase nunca falta. Mesmo assim existe motivo para se preocupar, dessa raça nasceram mulheres que são percebidas com olhares anti-horários, são o pior tipo, pois param o tempo ao redor de si e não ha nada que as faça passar, que as retire do espaço que ocupam em um homem. Acabam se tornando parte que os compõe. E quando elas se vão, inicia-se a caça ao que falta.

Devo continuar?

Bianca Nogueira
Enviado por Bianca Nogueira em 27/05/2010
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