A LOUCURA DO AMOR --> O Bar - Capítulo 1

Era uma noite fria, misteriosa e discreta. As ruas eram esquisitas, estranhas e silenciosas. Tudo possuía um clima de mistério como em um filme de suspense. As casas não mais se encontravam abertas e os comércios? Quase todos fechados. A não serem os botecos de esquinas que ali se encontravam, todos tocando seu jazz de costume por entre a madrugada deserta da noite.

Em um dos bares noturnos, ouvia-se uma voz.

- Mais uma dose! Repetia lá de dentro um homem de aparência de pouco mais dos seus 26 anos. Vestia um traje social em cor preta com uma camisa entreaberta.

O bar era aconchegante, possuia uma música ambiente com iluminação de meia claridade. Dando assim um toque mais rústico e peculiar ao ambiente. A decoração, o balcão e os assentos se uniam em tons de madeira antiga dando uma aparência ainda mais de rusticidade.

O rapaz que ali bebia se chamava Borges. Ele trabalhava como detetive para uma empresas terceirizada. Possuia uma competência e determinação no que fazia. Nas férias arrumava tempo para os casos particulares, onde poderia tirar uma boa quantia do que se poderia imaginar do seu trabalho atual. Borges era um rapaz ocupado, mal tinha tempo para preparar o seu próprio sanduíche do café da manhã. O seu trabalho requeria de muito tempo, como o célebro querer do sangue. As idas frequentes aos lugares de rápido atendimento e de um consumo rápido eram os preferidos de

Borges. Mas frequentar o bar dos Alfeires Borges não tinha esse costume, ainda por cima naquela hora e naquele tempo frio que fazia. O que Borges gostava mesmo era de está em casa. De tomar o seu café e fumar o seu cigarro, sempre com sua janela entreaberta.

E não podia esquecer da sua vontade de escultar a sua discografia completa de Pink floyd. Dependendo do momento ele trocava suas xícaras de café por copos de whisky escocês.

Borges sabia que ali não era o seu lugar de costume, ele ficava em silêncio apenas a observar o tempo corriqueiro que andava devagar, onde era intercalado com suas doses de whisky, que em tempo passageiro não demorava a repetir. Borges pensava em sair logo, mas suaa dosea o chamava para mais perto do balcão. E ali foi se passando as horas, como o desfaz das cinzas do seu cigarro.

À noite se adentrava pela manha e o bar a qualquer momento pretendia fechar. Talvez esperando ali o seu último cliente, que se guardava entregues ao álcool e ao cigarro. Borges ainda possuía forças e equilíbrio para se levantar e ir para sua casa. Pelo menos era o que achava que teria.

A força de vontade de pegar o caminho para casa e se deitar era tão grande que o mesmo não demorou para se levantar. Pagou a conta e saiu em desequilíbrio ao dia que vinha surgindo.

Mas o que Borges estaria passando? Era uma questão de se pensar. Afinal um ser naquelas condições que nem tinha costume de está ali, porque poderia ficar tão tempo?

João Quintans
Enviado por João Quintans em 21/08/2010
Código do texto: T2451479
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