A LOUCURA DO AMOR --> O Desenho - Capítulo 3

A casa de Borges era tudo muito simples, mas de um valor enorme de antiguidades. Possuía apenas três cômodos: uma cozinha que se ligava á um corredor que o mesmo se ligava a um quarto. E a um escritório que o mesmo passava seu maior tempo. O quarto possuía uma Cama de casal clássica provençal dos anos 40. Um armário de duas portas em madeira maciça e um criado mudo do século XIX onde se encontrava um par de abajures em fino bronze, belíssimos da década de 70. O quarto de Borges seria mais um local de trocas de roupas, do que um dormitório propriamente dito. Ele mal dormia em sua cama, a não ser em momentos raros. Quando ele decide dormir, prefere o seu sofá antigo de conjunto Frances de três lugares, com forro gobelin e detalhes em bronze com frisos folheados a ouro. Quando ele está acordado, prefere seu escritório de estilo renascença, rico em detalhes esculpidos a mão. Mas o que Borges mais gostava era está em seu escritório, diria que era seu reino, ele tinha tudo de sua preferência e o que necessitava. Eram na maioria seus livros e seus textos, onde em momentos livres gostava de escrever. Possuía um canto reservado para suas bebidas e cigarros prediletos, não esquecendo das suas coleções de antiguidades que tambem tinha um canto exclusivo para tal. Possuia um toca cd para escutar suas canções favoritas e uma escrivaninha xerife super antiga, onde passava seu maior tempo sentado a filosofar dos presentes, dos futuros e dos passados, que predicasse ao ocorrido. A cozinha não tinha muito que comentar, Borges mal freqüentava lá. Era mais um depósito de livros antigos de gêneros diversos.

Borges estava prestes acordar. Já eram quase 17 horas e nada de se alimentar. Ele estava em ausente desde a sua chegada. Por isso não irá demorar muito para que seus estímulos o faça se levantar. Passando assim mais uma hora, ele abre apenas seu olho direito e fala:

- Que dor de cabeça! Poxa não me lembro de quase nada...

Ao se levantar percebesse que sua cabeça ainda se encontrava em avulso. Mesmo assim meio que cambaleando, abre a geladeira e toma um copo d’água. Afastou assim a cortina da sua persiana, com o intuito de ver algum movimento em frente a sua casa. Ao olhar o cruzamento que fica logo à frente lhe vem na memória uma bela moça...

- Como é o nome dela? Humm. Rose era como se chamava. Será que foi um sonho? Ou realmente ela existia.Tenho a certeza que realmente eu a vi. Eu sei que não foi uma miragem.

Os pensamentos de Borges voltavam em um flash Black retilíneo e em pouco em pouco passou a lembrar de tudo: da bela e misteriosa moça, da sua queda, do seu silêncio e da despedida. Seus pensamentos não mais paravam de pensar em Rose, e assim decidiu desenhar a sua perfeita e singela imagem. Encaminhou ao seu escritório, sentou em sua escrivaninha e começou a imaginá-la e em pouco minutos as expressões da linda moça começou a ser transmitida em gravite no papel canson A3.

- Perfeito disse Borges. Olhando atentamente ao desenho que acabou de ser feito. Vou colocá-lo aqui bem na minha frente disse ele. Vou postar aqui para vê-la todos os dias, ele o exclamou. Borges ate poderia fazer suas hipóteses que estava em questão do seu trabalho. Mas não, preferiu ficar ali: olhando em grafite a bela imagem. Pra Borges o que interessava não era mais o trabalho, queria apenas investigar a vida de Rose. Ele queria descobrir os seus segredos e os seus mistérios. De onde ela é e para onde ela foi e o porquê estava ali naquele momento. Ele já estava certo da sua iniciativa, ele poderia trocar centenas de questões de trabalho para se adentrar na descoberta da vida da misteriosa moça de preto.

A Bela moça de preto realmente existiria? É a questão. Ou era apenas uma miragem ou um sonho de Borges? Foi um amor a primeira vista? Ou apenas uma curiosidade em querer descobrir o mistério da bela mulher?

João Quintans
Enviado por João Quintans em 28/08/2010
Código do texto: T2464078
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