Coisas do destino

Eu estava saindo do trabalho,e fui pegar um táxi,mas justamente quando eu ia entrar um rapaz alto,cabelos penteados,perfume suave, jovem como eu,também queria,e aparentava estar com a mesma pressa que eu,ele educadamente propos em dividirmos o táxi,pra mim não haveria problema ,ja que desceria uma quadra depois da do rapaz.No caminho,um silêncio,as vezes nossos olhares se cruzavam,muito timidamente,o rapaz era muito bonito,mas não poderia me interessar por um estranho,apesar de mostrar-se um rapaz de respeito,mas vi que em seu dedo,havia uma aliança,não prestei muita atenção onde era,ele percebeu meu interesse em sua mão,e me explicou que era um anel de familia que sua mãe havia lhe dado,eu me imprecionei,porque ele haveria de explicar esse fato para uma estranha que ele só conhecia há 7 minutos?Achei estranho,mas resolvi continuar com o silêncio.Quando ele estava quase descendo deixei meu brinco cair,ele delicadamente me ajudou a procurar,e nossas mãos acabaram se encostando,senti ali que ele podia ser o "cara",que talves fosse ele,quem eu amaria pela primeira vez,não consegui explicar tamanha certeza,mas sabia que tinha que ve-lo denovo,no meio disso ele acabou descendo na mesma rua que eu,enfim o silêncio se quebrou,ele havia percebido um sentimento diferente,uma coisa inexplicavelmente inexplicavel,mas não se sentia a vontade de comentar isso comigo,nem eu me sentia a vontade,então nos comprimentamos demos tchau,ele foi para uma direção e eu para outra,mas como uma cena de filme,eu parei e senti que tinha que pedir um numero,email algo assim dele,quando me virei,notei que ele estava vindo em minha direção,sorrimos,eu dei a ele meu numero,ele disse que me ligaria,e ficamos assim.Semanas se passaram,e o "rapaz do táxi" não me ligou.Numa noite de sábado,estava me arrumando para uma festa com amigos,quando o telefone toca,era do hospital,diziam que um homem que eu conhecia tinha sofrido um acidente,e eu precisava ir até lá,mas achei estranho,toda minha familia estava comigo,pensei ser algum amigo e corri para lá,o mais rápido que pude.Quando cheguei lá,o médico havia me dito que esse homem,rapaz,não tinha ninguém no mundo,só eu,disse que era esse o único numero,contato que tinha gravado no celular dele,me passou levemente a idéia de que fosse ele,o rapaz do táxi,mas não poderia,ele um rapaz tão sucedido,arrumado,não poderia,mas do mesmo jeito sem conhecer o acidentado,me propuz a ajuda-lo,quando cheguei lá,era ele mesmo o tal rapaz ,e eu que pensei que nunca mais iria encontra-lo.Ele ficou feliz ao me ver,desculpou-se por não ter me ligado,e também por me tirar de um compromisso,para visita-lo sem ao menos conhece-lo,eu disse que não havia encomodo,que para mim era como se ja o conhecesse há uma eternidade,apesar de temos nos falado muito pouco,mas pelo olhar dele naquele dia,parecia que eu ja o conhecia,e ele a mim.Conversamos um pouco,ele me contou não ter mais ninguém da familia,e poucos amigos,disse que a primeira pessoa que lhe passou pela cabeça de chamar fui eu,disse que se identificou comigo,e sentiu algo tão bom quando esteve ao meu lado,sentiu que podia contar comigo.

Dias e mais dias se passavam,ele não saia do hospital,e eu me prontifiquei a cuidar dele,acabamos nos apaixonando verdadeiramente um pelo outro,sentimento que eu nem ele conheciamos,mas eu me sentia triste,finalmente tinha encontrado meu grande amor,bem agora,poderiamos construir muitas coisas juntos,eramos jovens e sentimento não faltava,mas ele não melhorava nunca.Até que um dia como num milagre,Deus fez ele sair do hospital,finalmente poderiamos construir algo,muito bom,estavamos felizes,radiantes,faziamos planos,e planos,entramos em um táxi,para irmos a casa dele,foi quando aconteceu o inevitavel,sofremos um acidente.Acordei no outro dia em um quarto de hospital,com aquele barulho de maquinas,quando dei por mim estava deitada,eu chorava,chamei a enfermeira,ela me explicou tudo,explicou também,que eu e o taxista sobrevivemos,mas o rapaz ao meu lado não,justo meu amor,meu grande amor,finalmente descobri o que era amor,e em uma virada radical o que era dor de perda,naquele dia chorei muito,eu estava inconformada.

Depois,um pouco mais calma,a enfermeira me entregou um papel que por milagre não havia queimado.E dizia:

-O destino é uma ponte que você constroi até a pessoa amada.

Nós conseguimos,nunca te esquecerei,aonde for te levarei no meu coração.Te amo

De:rapaz do táxi

Para:Moça do táxi

Luiza Bruun
Enviado por Luiza Bruun em 01/10/2010
Reeditado em 02/10/2010
Código do texto: T2532761