Escravo do Destino

Certa vez conheci uma pessoa.

Linda, tinha um encanto no olhar, apaixonante, meiga, falava baixinho, rouca, sua voz era simplesmente excitante, no sentindo mais terno, sua boca era um convite ao beijo mais longo que alguém possa ter notícias, seus cabelos negros e sua pela clara, fazia com que tivesse vontade de estar o tempo todo fixado naquela imagem que quase sempre aparecia no mesmo horário.

Estava de verdade entrando em um mundo de fantasias, imagens mirabolantes, sonhos inexplicados, desejos que se confundem, vontade de estar sempre perto, ouvir a voz, telefone tocando, coração disparando.

Então, finalmente, o encontro, conversas que ficavam rotineiras, corações que começavam a se abrir.

Em uma das conversas, o desabafo do passado, estávamos frente a um escravo do destino. Artimanhas do passado e o capricho do presente, não permitiria que aquele encontro não passasse de uma amizade, tinha um compromisso que só o futuro ainda imprevisto, determinaria qual estrada levaria sua vida, nada programado, nada combinado, porém não perder a esperança de que um dia, poderia deixar de ser prisioneiro de si mesmo.

Meu coração estava em pedaços, porém não estava triste, porque ainda assim, não pretendia sair de perto dessa pessoa, e cada dia mais aprendendo que paciência é uma virtude que são para poucos, o aprendizado da paciência sim, são para os que realmente querem atingir o equilíbrio. Eu estava disposta a isso, daquele dia em diante respeitaria essa amizade de forma crucial, sem medos, sem mentiras, sem rancores, sem cobranças, apenas está ali, contemplar a maravilha do Senhor, quando coloca em nossas vidas, pessoas que nos fazem crescer.

Escravo e Prisioneiro do Destino... ainda não sei se é feliz assim.. ainda não sei o que passa por aquela cabeça, ainda não sei tantas coisas.. mas, pretendo descobrir!

Fada Azul
Enviado por Fada Azul em 23/03/2011
Código do texto: T2866510
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